Relações contratuais e desenvolvimentos da capacidade operacional em estaleiros brasileiros: uma análise à luz da teoria da agência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Maria de Lara Moutta Calado de
Orientador(a): PRIMO, Marcos Andre Mendes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Administracao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/24395
Resumo: O objetivo desta pesquisa foi analisar como o desenvolvimento da capacidade operacional nos estaleiros brasileiros, é influenciado pelas relações contratuais firmadas entre a TRANSPETRO e esses estaleiros. Para atendimento desse objetivo buscou-se identificar as capacidades operacionais encontradas nos estaleiros brasileiros, especificamente os construtores do PROMEF. Os processos dos estaleiros foram abordados pelo levantamento bibliográfico, pesquisa documental e realização de entrevistas. A pesquisa é um estudo qualitativo de múltiplos casos, tendo como unidades de análise os contratos e os casos dos estaleiros Atlântico Sul e Vard Promar. Foi analisado ainda, a Sociedade Classificadora, a Transpetro, o Departamento da Marinha Mercante (DMM), o Sindicato da Indústria Naval (SINAVAL), dois consultores da área naval e o Governo estadual. Para coleta de dados foram utilizadas as entrevistas semiestruturadas e a pesquisa documental de dados secundários. Os principais resultados indicam que os dois estaleiros, Atlântico Sul e Vard Promar apresentam predominante a relação contratual por resultado, justificada pela inexistência de histórico uma vez que os dois estaleiros foram construídos para atender ao PROMEF. As categorias de capacidade operacional que mais emergiram nos dois estaleiros, foram as categorias de melhoria, cooperação e controle e as que e menos emergiram nos dois estaleiros foram as categorias de responsividade e reconfiguração. Sendo assim entende-se que existe uma associação forte entre a relação contratual por resultado e as categorias de capacidade operacional de melhoria, cooperação e controle. Bem como uma associação fraca com as categorias de responsividade e reconfiguração. No tocante a relação contratual por comportamento, os dados encontrados não foram suficientes para identificação de uma associação entre essa relação contratual e as categorias de capacidade operacional. À vista disso, o trabalha gera diversas possibilidades de pesquisas futuras para compreender a relação contratual por comportamento e as categorias de capacidade operacional, nesse instigante segmento empírico da construção naval.