Evolução da zona de fratura romanche na margem equatorial do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Tavares, Aline Cristine
Orientador(a): Castro, David Lopes de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEODINÂMICA E GEOFÍSICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24030
Resumo: Margens continentais transformantes são caracterizadas pela presença de falhas transformantes/zonas de fratura de grande rejeito transcorrente, que foram investigadas escassamente quando comparadas às margens divergentes e convergentes. Essas falhas influenciaram a segmentação e evolução das margens transformantes. Este estudo investiga a evolução da Zona de Fratura de Romanche (RFZ) na margem equatorial do Brasil, utilizando dados gravimétricos, magnéticos, batimétricos e de sísmica de reflexão. Os resultados da presente investigação indicam que a RFZ é uma zona de direção E-W com ~70 km de largura, marcada por cadeias de até 2,5 km acima da topografia circundante. As anomalias magnéticas que marcam a crosta oceânica mais antiga estão em um ângulo de 26° e 30° no sentido horário a sul e a norte da zona de fratura, respectivamente, indicando que os primeiros centros de espalhamento foram oblíquos à zona de fratura. As anomalias rotacionaram no sentido horário e passaram de oblíquas para ortogonais em relação à transformante na isócrona 34 (83,5 ± 8 My). Esta rotação indica que a influência do limite das crostas continental e oceânica é menos pronunciada à medida que as anomalias tornam-se mais jovens e mais distantes do continente. A RFZ comportou-se como uma barreira topográfica, que impediu que parte dos sedimentos do continente e plataforma atingissem a parte norte da cadeia. Falhas normais formam a borda da plataforma continental e as bordas de cadeias e montes submarinos e atingem as camadas mais recentes, indicando que há reativação neotectônica. A orientação e a geometria da RFZ moldaram a geometria atual da margem brasileira, caracterizada por setores de direção E-W e NW-SE, e moldaram a evolução das bacias Pará-Maranhão, Ceará e, principalmente, Barreirinhas.