Desenvolvimento morfo-estrutural do Terraço Ceará: o Alto Marginal Oeste da Zona de Fratura Romanche

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Andrade, João Fernando Pezza
Orientador(a): Gomes, Moab Praxedes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEODINÂMICA E GEOFÍSICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25121
Resumo: Um Alto Marginal é uma feição morfo-estratigráfica proeminente associada à extremidade de uma Zona de Fratura Oceânica. A evolução de segmentos cisalhantes e divergentes de uma margem transformante controla a geração dos altos marginais. O Terraço Ceará (TC) é um alto marginal do limite oeste Zona de Fratura Romanche (ZFR) com a Margem Equatorial Brasileira. O alto marginal correspondente no lado oposto da ZFR é o Ivory-Coast Ghana Ridge (ICGR), na margem continental africana. Foram investigadas as influências tectônicas de estruturas continentais e oceânicas na formação do TC e as diferenças entre o TC e ICGR. Os dados analisados consistem em 2000 km de linhas sísmicas 2D cruzadas (paralelas e transversais a linha de costa) no TC e RFZ e 4 poços exploratórios localizados em águas profundas da Bacia Ceará. A morfologia em superfície do TC apresenta uma crista assimétrica possuindo a lateral norte alinhada com a ZFR gerando diferenças batimétricas de 850 m. A morfologia em sub-superfície é representada por um alto marginal fóssil composto pela Sequencia Rifte. O alto marginal fóssil é limitado a sudeste por dois meio-grabéns associados à reativação de zonas de fraqueza preexistente do Lineamento Transbrasiliano. Essa estrutura foi soterrada pela Sequência Drifte a qual foi dividida em três unidades sedimentares: U1 (folhelho), U2 (carbonatos intercalados com folhelhos e finas camadas esparsas de arenito) e U3 (carbonato e folhelho). O alto marginal fóssil se localiza perto de um monte submarino associado a importantes eventos magmáticos no Oligoceno. Os altos marginais, CT e ICGR, são resultados de uma transpressão no Albiano Superior – Cenomaniano, soerguimento flexural causado por erosão e troca de calor com centro de espalhamento oceânico.