Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Magalhães Júnior, Hipolito Virgilio |
Orientador(a): |
Ferreira, Maria Ângela Fernandes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25636
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Resumo: |
No idoso, o momento da alimentação pode estar comprometido em decorrência de um distúrbio de deglutição durante a passagem do alimento pela região oral e faríngea denominado de disfagia orofaríngea (DO). Esta condição de saúde interfere na manutenção de seu estado nutricional e de hidratação, com possibilidades de complicações respiratórias. Reconhecida como síndrome geriátrica por duas importantes comunidades europeias, a DO afeta a autonomia e independência do idoso na realização de suas atividades de vida diária e contribui para o declínio funcional. O objetivo deste estudo foi desenvolver e validar um questionário autorreferido de rastreamento de disfagia orofaríngea em idosos (RaDI). A metodologia da pesquisa deste estudo de validação, não aleatorizado e transversal, seguiu as premissas dos Standards for Educational and Psychological Testing que descrevem o processo de obtenção de evidências baseadas: no conteúdo do teste, nos processos de resposta, na estrutura interna, em relação com outras variáveis (validade convergente, discriminante, de critério e de generalização). A coleta da pesquisa, realizada de março de 2013 a outubro de 2017, em Natal, estado do Rio Grande do Norte, incluiu idosos, a partir de 60 anos, de ambos os sexos e excluiu os com dificuldades funcionais para compreender ordens simples, transtorno psiquiátrico, neurológico, neuromuscular, neurodegenerativo ou rebaixamento cognitivo, perda auditiva, mesmo que utilizassem aparelho de amplificação sonora individual, sem nenhuma alimentação por via oral, que tivessem histórico de câncer de cabeça e pescoço e traqueostomizados. Nas duas primeiras etapas da validação, participaram quatro pesquisadores envolvidos nos temas Deglutição e Envelhecimento Humano, três fonoaudiólogos e um dentista sanitarista que compuseram um painel de experts para avaliar as análises de 32 juízes sobre a primeira versão do RaDI com 17 itens. Após sua reformulação, o questionário foi aplicado na população-alvo em 40 idosos. Ajustado para 14 questões, o instrumento foi administrado em 211 voluntários para realização da análise fatorial confirmatória, em que foi considerado o menor valor do qui-quadrado (2), mesmo se for significativo, qui-quadrado normado, raiz do erro quadrático médio de aproximação (RMSEA), raiz quadrada média ponderada residual (WRMR), índice de ajuste comparativo (CFI) e índice de Tucker Lewis (TLI). Realizado alguns ajustes no modelo, a avaliação de sua validade convergente (n=393) e discriminante (n=110) considerou a análise do coeficiente de Spearman A confiabilidade do teste-reteste, em 75 idosos, utilizou a correlação intraclasse (CCI), Kappa ponderado, erro de medição do instrumento (SEM) e a menor diferença real (SRD), e a consistência interna, o alfa de Cronbach, dentro do intervalo de confiança de 95%. Resultados: O RaDI foi ajustado em sua estrutura interna no modelo de nove questões 2=45,8, p < 0,05, 2/gl =1,76, RMSEA = 0,06, WRMR = 0,72, CFI = 0,97 e TLI = 0,96), com boa confiabilidade (ICC = 0,83, IC 0,74-0,89, p <0,001; SEM = 2,13; SRD = 5,90), alta consistência interna ( = 0,90) e excelente validade discriminante ( = -0,06; p = 0,6), porém moderada convergente = 0,43; p<0,001). Conclusões: O RaDI produziu respostas válidas e confiáveis para identificar os sintomas de disfagia orofaríngea em idosos residentes na comunidade. |