Educação infantil, infância onírica e reencantamento do mundo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Sales, Rodrigo Viana
Orientador(a): Gomes, Ana Laudelina Ferreira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27071
Resumo: Essa Tese filia-se a abordagens teóricas sintonizadas a uma crítica da radicalização do processo de racionalização levado a cabo pela Modernidade Ocidental, tal como postulado por Max Weber. Processo este que vem fragmentando o humano na medida em que privilegia a dimensão do Logos sobre o Mythos, a razão sobre a imaginação, especialmente uma razão domesticada pela ciência moderna, impondose o pensamento prosaico e conceitual sobre o pensamento por imagens, este vinculado ao domínio do imaginário poético. O trabalho teve por objetivo investigar como (e em que medida) experiências de vivência da infância onírica (noção de Gaston Bachelard) por crianças da Educação Infantil de duas escolas da Grande Natal, Rio Grande do Norte – Brasil, possibilitaram (ou não) um reencantamento do mundo para as crianças e demais atores do processo educacional, incluindo o próprio pesquisador. Para tanto, realizou-se uma pesquisa etnográfica nas escolas Freinet e Dona Liquinha Alves, o que foi articulado a reflexões de Edgar Morin em relação ao pensamento complexo e à necessidade de religação dos saberes na educação, e de Maria da Conceição Almeida em relação a uma perspectiva que leve em conta a inteireza do antropos. Adicionalmente, dialogou-se problematizações de Wunenburger acerca da educação imaginativa implícita na filosofia de Gaston Bachelard. Para a leitura das imagens poéticas referidas à infância onírica, a pesquisa teve como referência as duas vias da filosofia estética bachelardiana, a fenomenologia da imaginação e a imaginação arquetípica dos elementos materiais. As experiências escolares investigadas demonstraram a possibilidade de reencantamento do mundo dos sujeitos estudados na medida em que razão e imaginação se articulam de modo equilibrado na prática educativa dos envolvidos no processo.