Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Bruno Anselmo da |
Orientador(a): |
PATRIOTA, Karla Regina Macena Pereira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Comunicacao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/26059
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Resumo: |
A hipótese sustentada neste trabalho baseia-se na ideia de que a sociedade de consumo atual protagoniza uma reação ao processo de racionalização que conduziu à modernidade. O conceito de “desencantamento do mundo”, formulado por Max Weber, referia-se à progressiva racionalização da vida, que teve origens no processo histórico e gradual de desprezo da magia e normatização moral da vida religiosa e transbordou para as demais áreas da cultura, por meio, especialmente, do cientificismo iluminista. Autores como Pierucci (2003) e Maffesoli (1996, 1998) sugerem a possibilidade de um reencantamento, na fase atual da modernidade, mais ligado ao erotismo do que à magia propriamente dita. Propomos que as práticas de consumo contemporâneas, fortemente estéticas e relacionadas a projetos identitários, funcionam de forma ritualística, configurando-se como empreendimentos utilitários de busca por religação, transcendência, segurança, afeto, sentido e resolução de problemas cotidianos. Análises sociais de autores como Bauman (2003, 2008, 2015) e Campbell (2001, 2006) robustecem nossas suspeitas. Por entendermos que o consumo assume hoje funções tão peculiares à religião, acreditamos que, por meio dele, o reencantamento do mundo esteja ocorrendo. Uma vez que a exibição de emblemas integra a nossa maneira atual de consumir, decidimos observar os discursos publicados em perfis pessoais na maior rede social digital do mundo hoje, o Facebook, para investigar se, no contexto atual de secularização e reconfiguração religiosa, poderíamos classificar tais postagens como manifestações de um fenômeno religioso. |