Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Pantaleão Filho, Cleanto Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21224
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Resumo: |
A presente dissertação tem como objetivo principal analisar a exposição de crucifixos em salas de sessões e audiências do poder judiciário, considerada a liberdade religiosa e as limitações decorrentes da ideia da neutralidade do Estado. Sabe-se que, a Constituição de 1988 protege a liberdade de manifestação do pensamento, bem como de consciência e de crença (artigo 5º, incisos IV e VI), proclamando, no artigo 19, inciso I, a laicidade ou neutralidade do Estado, como reforço a essas mesmas liberdades, evitando a confusão entre Estado e religião, admitida, no entanto, a colaboração de interesse público. Esse dualismo entre vida espiritual e temporal, com a divisão entre clérigos e seculares e entre política e religião foi fruto da desconfessionalização e é uma característica da modernidade, sem que possa significar um absoluto desprezo pelo fenômeno religioso. A metodologia utilizada nesta dissertação trata-se de uma pesquisa bibliográfica e documental, através de livros e dissertação, além das legislações relacionados ao tema em questão. Discute-se, mesmo sendo o povo brasileiro majoritariamente católico e reconhecida a forte influência que os valores cristãos exercem sobre os poderes públicos, não é possível simplesmente desconsiderar os direitos das minorias religiosas ou mesmo dos sem religião, numa República que se diz democrática e que tem como um dos objetivos fundamentais promover o bem de todos, sem qualquer forma de discriminação. Conclui-se que, em prédios e estabelecimentos públicos, de símbolos e imagens católicas, a exemplo do crucifixo, surgem diversas dificuldades em conciliar a garantia da liberdade religiosa e o princípio da laicidade e o que se pretende é exatamente propor uma solução que consiga respeitar o pluralismo e a diversidade num contexto em que o catolicismo continua sendo uma presença marcante. |