Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
França, Débora Feitosa de |
Orientador(a): |
Souza, Nilba Lima de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22607
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Resumo: |
Objetivou-se analisar os eventos adversos relacionados à terapia respiratória em recém-nascidos de alto risco de uma unidade neonatal. Trata-se de um estudo observacional, longitudinal e prospectivo, realizado em uma maternidade, unidade de referencia no Estado do Rio Grande do Norte para gravidez e nascimento de alto risco. Os dados foram coletados no período de abril a setembro 2016, após aprovação do projeto no Comitê de Ética em Pesquisa da UFRN com CAAE nº 51832415.0.0000.5537. A amostra foi composta por 82 recém-nascidos submetidos à terapia ventilatória nas modalidades: ventilação mecânica invasiva, ventilação mecânica não invasiva e pressão positiva contínua das vias aéreas por prong nasal. Os resultados apontam que a incidência dos eventos adversos foi de 48,8%, sendo o mais frequente a extubação não planejada (34%), seguida da lesão de septo nasal (13%), pneumonia associada à ventilação mecânica (7%) e o pneumotórax (6%). A probabilidade de ocorrência de um evento adverso em recém-nascido submetido à terapia ventilatória nos primeiros cinco dias de terapia ultrapassou os 40% (IC 95%). Existe associação entre a idade gestacional e a ocorrência de eventos adversos, sendo os recém-nascidos com menos de 28 semanas os mais susceptíveis (p-valor 0,024). A razão de chance de um recém-nascido sofrer um evento adverso em gestacional extrema é 5,57 vezes maior do que um a termo, IC 95% [1,44;21,60]. Há associação entre a modalidade de ventilação mecânica não invasiva e a ocorrência de lesão de septo nasal (p-valor <0,001), em contra ponto não foi apontado associação entre a ocorrência do mesmo evento e a modalidade CPAP nasal (p-valor 0,160). Os resultados da regressão logística apontam associação entre a malformação congênita e a ocorrência do evento adverso de uma forma geral (p-valor 0,003) e por tipo especificamente a extubação não planejada (p-valor 0,039). Portanto conclui-se que os recém-nascidos prematuros e portadores de malformação congênita são susceptíveis a ocorrência desses eventos adversos. E como oportunidade de melhoria da assistência recomenda-se a construção e validação de protocolos de prevenção da extubação não planejada, que atenda as especificidades dos portadores de malformação congênita, além do protocolo de manuseio mínimo para prematuros extremos. |