Fatores epidemiológicos, clínicos e funcionais de pacientes com acidente vascular cerebral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Melo, Luciana Protásio de
Orientador(a): Campos, Tânia Fernandes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
AVC
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22536
Resumo: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é um importante problema de saúde pública, por isso foi realizado um estudo com o objetivo de avaliar os fatores epidemiológicos, clínicos e funcionais de pacientes com AVC. Participaram do estudo 433 pacientes (229 mulheres e 204 homens). Em Natal/RN, os pacientes foram avaliados através do Step 1 e Escala de Rankin Modificada. Os dados foram analisados pelo teste Qui-quadrado e análise de regressão logística. Resultados: Verificou-se maior frequência de pacientes na faixa etária de 70 a 89 anos (40,9%). A hipertensão arterial foi o fator de risco mais frequente (85,4%) e o AVC isquêmico (68,5%). Foi observada maior frequência de pacientes com incapacidade de andar e realizar higiene pessoal (48,8%) (p= 0,001). Observou-se uma correlação entre o grau de comprometimento neurológico e a funcionalidade (r= 0,53; p= 0,006). Considerando as atividades básicas da vida diária (ABVDs), 25% dos pacientes não podiam levantar da cama e 70,8% não conseguiam ir ao banheiro sozinhos (ambos p< 0.05). Os modelos de regressão apontaram os fatores preditores da dependência funcional para as atividades: "banho", quantidade de fatores de risco (OR=0,4; IC=0,2-0,7; p=0,005) e quantidade de medicação usada previamente ao AVC (OR=1,7; IC=1,1-27; p=0,013). Para "higiene pessoal", realização de Fisioterapia após a alta (OR=2,5; IC=1,2-5,1; p=0,014) e sexo feminino (OR=1,6; IC=1,06-2,4; p=0,026); para "transferência", quantidade de fatores de risco (OR=0,4; IC=0,2-0,9; p=0,025); para "continência", tipo de AVC (OR=2,2; IC=1,1-3,8; p=0,003 – 10º dia; OR=1,9; IC=1,1-3,3; p=0,013 – 28º dia) e realização de Fisioterapia após a alta (OR=4,1; IC=1,5-11,3; p=0,005); e para atividade "alimentação", quantidade de AVC prévio (OR=0,5; IC=0,2-0,9; p=0,036) e realização de Fisioterapia após a alta (OR=4,2; IC=1,6-11,1; p=0,003). Para as seis atividades, a idade acima de 60 anos e a falta de realização da fisioterapia durante a internação hospitalar foram os mais fortes fatores preditivos para a dependência funcional. Os resultados indicam fatores importantes que influenciam a dependência funcional dos pacientes com AVC, trazem uma contribuição científica para que os prestadores de saúde possam identificar oportunidades de intervenção e apontam a necessidade urgente de implantação de Unidades de AVC no Estado Rio Grande do Norte.