Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Raiff Simplício da |
Orientador(a): |
Ribeiro, Tatiana Souza |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29496
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Resumo: |
Contextualização: Diante das repercussões ocasionadas por um Acidente Vascular Cerebral (AVC), tem sido posta a importância do treino aeróbico, em especial o treino em esteira, na melhora das variáveis funcionais e cardiovasculares e da qualidade de vida dos indivíduos acometidos pela doença. Contudo, poucos estudos têm comparado os efeitos de diferentes protocolos de inclinação da esteira na melhora dessas variáveis. Objetivos: Avaliar os efeitos de um protocolo de treinamento de marcha em esteira em diferentes inclinações sobre variáveis funcionais, cardiovasculares e qualidade de vida de indivíduos com AVC crônico. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado e cego, do qual participaram 26 indivíduos de ambos os sexos, com idade entre 20 e 70 anos e sequela de AVC há mais de 6 meses. Os participantes foram randomizados em 3 grupos: grupo controle (GC, n=8), que realizou treinamento em esteira sem inclinação; grupo experimental 1 (GE1, n=8), que realizou treinamento com esteira inclinada à 5%; e grupo experimental 2 (GE2, n=10), que realizou treinamento em esteira inclinada à 10%. A intervenção constou de 3 sessões semanais durante um período de 6 semanas. Os indivíduos foram avaliados em 3 momentos (pré-treino, póstreino e seguimento) quanto as medidas de desfecho (velocidade da marcha, capacidade funcional [distância percorrida], torque neuromuscular, parâmetros cardiovasculares [pressão arterial sistêmica – PA e frequência cardíaca-FC] e qualidade de vida). Na análise estatística, utilizou-se o teste de Shapiro-Wilk, para verificação da normalidade dos dados; além disso, utilizou-se a Análise de Variância (ANOVA) two-way de medidas repetidas para verificação do efeito das intervenções, considerando as medidas temporais (pré-treino, pós-treino e seguimento) e a variável “grupo” como fator entre os sujeitos. Resultados: A ANOVA não demonstrou haver interação tempo*grupo em nenhum dos desfechos de FC e PA, bem como para as variáveis funcionais e qualidade de vida. Contudo, as variáveis PA média e velocidade da marcha foram diferentes ao longo do tempo: PA média mostrou redução (F=3,604; P=0,036) e a velocidade da marcha exibiu aumento (F=4,963; P=0,014). Em relação à capacidade funcional, o GE2 apresentou no pós-treinamento, em comparação com o GC e com o GE1, um tamanho de efeito (diferença média) de 20,6 e 28,2 metros, respectivamente. Conclusão: De maneira geral, o treinamento em esteira inclinada e o treino sem inclinação produziram melhora em variáveis cardiovasculares (PA média) e funcionais (velocidade da marcha); porém, sem superioridade de uma forma de treinamento em relação à outra. A capacidade funcional demonstrou ser clinicamente superior na inclinação de 10%, apesar da não relevância estatística. Nenhum dos tipos de intervenção foi capaz de promover alterações em outras variáveis cardiovasculares, funcionais e na qualidade da vida dos participantes do estudo. Os resultados obtidos enfatizam a necessidade de mais estudos a respeito dos efeitos do treino em esteira inclinada sobre as variáveis cardiovasculares e funcionais, e sobre a qualidade de vida de indivíduos com AVC crônico. |