Caboclas de lança e flor na boca: experiência artetnográfica na cena das mulheres do Maracatu Coração Nazareno-PE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Maritan, Monique Luca
Orientador(a): Lyra, Luciana de Fátima Rocha Pereira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES CÊNICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27816
Resumo: Esse trabalho dissertativo analisou a cena e as relações de gênero do Maracatu Rural, expressão artística presente majoritariamente no município de Nazaré da Mata – Pernambuco, com foco no grupo de mulheres, intitulado Maracatu Coração Nazareno (2004). A dissertação traz à tona os aspectos das dimensões estéticas (cena, personagens/figuras, figurinos, máscaras, música, dança, textualidades), que definem o Maracatu Rural como ‘Brincadeira’. O trabalho aborda também a existência de elementos rituais e sagrados na cena performática do Maracatu Rural. Na discussão de gênero, compreende os lugares ocupados pelas mulheres do grupo e as consequentes ressignificações das relações que envolvem gênero e poder, provocadas, em especial, pela performance da Cabocla de Lança, uma releitura do caboclo de lança, figura fundamental do Brinquedo, de tradição masculina e patriarcal. Por meio do trabalho de campo, buscou-se vivenciar as consequentes reverberações provocadas pela transgressiva ressignificação proposta pela tomada e ocupação das mulheres nesses novos espaços e cargos dentro da tradição. O caminho metodológico utilizado na investigação em campo foi a Artetnografia (LYRA, 2009; 2013; 2015), que sugere que o encontro entre artistas e contextos de alteridade se configure como um contato intenso e subjetivo, chegando à complexidade das estruturas e organizações dos símbolos que habitam a sociedade e regem suas relações.