Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva, Inah Irenam Oliveira da
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Orientador(a): |
Amoroso, Daniela Maria
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Banca de defesa: |
Amoroso, Daniela Maria
,
Conrado, Amélia Vitória de Souza
,
Silva, Luciane da
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós Graduação Profissional em Dança (PRODAN)
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Departamento: |
Escola de Dança
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35175
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Resumo: |
O samba de caboclo é uma celebração presente nas religiões de matriz africana. Nessa festividade, é celebrada a memória de ancestres donos da terra, entidades reconhecidas pelo nome de caboclos. Essa pesquisa vira olhos para a estética, filosofia, imagem, simbologias e gestualidade dos Marujos (entidades relacionadas ao mar), Caboclos de Pena (entidades relacionadas as matas) e Caboclos de Couro (entidades relacionadas ao sertão) para a construção de poéticas artísticas. Apoiada nos pensamentos e conceitos da cosmopercepção (OYĚWÙMÍ, 1997), estesia (SODRÉ, 2016), afrografias da memória (MARTINS, 1997) e poética dos orixás (SILVA, 2016) elaboro um conjunto de pensamentos derivados das práticas presentes nas corporeidades do samba de caboclo. Relaciono imagem, gestualidades, filosofias e movimento, intitulando esse modo de compreender de Sambografia Cabocla. Esse pensamento tem como um dos objetivos a expansão das possibilidades infinitas corporais para as criações em dança, somando-se a tantas outras metodologias, técnicas, pedagogias e ensinos de dança, afirmando a pluralidade e diversidade no campo, a partir do samba. Reconhecendo um samba autoral, identitário, ancestral que parte das relações encruzilhadas e memórias corporais, espero estar contribuindo para a produção na área de conhecimento em dança. E, assim, possibilitar estratégias e práticas artísticas através da estética do samba de caboclo, conduzida pela imagética dos elementos terra, fogo, água e ar, desenvolvendo uma ligação de profunda re(conexão) do corpo. Através da metodologia da vivência prática com aulas de samba de caboclo e pesquisa de campo, realizo a feitura de dois processos coreográficos, Pé no Chão?! (2011, 2018) e Passe (2017), os quais trago neste trabalho para compreensão do pensamento proposto, sua organização e experimentações, no intuito de contribuir com os avanços do campo da pesquisa em dança, bem como ampliar e refletir a presença das danças de matrizes africanas, oriundas do povo banto, em específico a família do samba, no repertório de composições artística e educacional. |