Atividade antiplamódica de metalodroga associada à Cinchonina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Morais, Camila Martins Gomes
Orientador(a): Andrade Neto, Valter Ferreira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA PARASITÁRIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26588
Resumo: Atualmente, o tratamento quimioterápico é a única forma de controle da malária, e o desenvolvimento de novos fármacos com ação antimalárica de baixo custo, baixa toxicidade e eficazes são imprescindíveis. Esta busca proporcionou a associação de metais, que podem potencializar a ação antiplasmódica do composto e dimunuir sua toxicidade. Nesse sentido, foi avaliada a atividade antiplasmódica da cinchonina ligada ao cobre e da cinchonina sem metais. Para os testes in vitro, 7 concentrações seriadas (1:2) das drogas foram utilizadas em cepas de Plasmodium falciparum 3D7 e K1, variando de 0,78 a 50 µg/ml. Para análise da supressão da parasitemia, camundongos swiss fêmeas, pesando 27 ± 2 g com 6 a 10 semanas de vida foram utilizadas, inoculando 1x106 de hemácias parasitadas por Plasmodium berghei ANKA e separando-os em 4 animais por grupo, tratados “per gavage” por 4 dias consecutivos: Controle negativo tratados com placebo e Tween 20 a 2%; Controle negativo tratados com placebo; Tratados com cinchonina ligada ao cobre; Tratados com cinchonina e; Controle positivo tratado com cloroquina. Foram utilizadas doses de 5 mg/kg a 90 mg/kg. A atividade antimalárica, in vitro e in vivo foi avaliada pela inibição do crescimento do parasito com a droga teste em relação ao controle sem droga, além da avaliação da mortalidade cumulativa, a citotoxicidade em macrófagos murinos, toxicidade aguda, análises histopatológicas e determinação do índice de seletividade, todos realizados em triplicata. As IC50 nos testes antiplasmódicos in vitro variaram de 0,06 a 0,04 µg/ml para cin+Cu e 0,23 a 0,06 µg/ml para cinchonina e o índice de seletividade foi 32 e 122, respectivamente em cepas sensível e resistente a cloroquina. As cinchoninas exibiram atividade antiplasmódica in vivo reduzindo a parasitemia nos animais em até 93,3%, apresentando menor mortalidade para os grupos tratados com cinchonina ligada ao cobre. A análise hitopatológica apresentou discreta esteatose hepática para a cinchonina e a cin+Cu, e infiltrado inflamatório leve no primeiro composto. Apesar dos resultados promissores, estudos futuros são necessários sobre o mecanismo de ação dos compostos no organismo e ação no bloqueio de transmissão das formas gametocíticas para o vetor.