Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Melo, Brena Karisa Campos de |
Orientador(a): |
Andrade Neto, Valter Ferreira de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/50848
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Resumo: |
A malária é uma doença tropical infecciosa aguda causada por parasitas do gênero Plasmodium. Existem cinco espécies de Plasmodium que causam malária em humanos, P. falciparum, P. vivax, P. malariae, P. ovale e P. knowlesi. Em 2020, foram registrados 241 milhões de casos de malária, permanecendo como uma das principais doenças infecciosas do mundo. A maioria das pesquisas sobre malária se concentra na busca de novos medicamentos antimaláricos, pois há recorrência contínua de cepas de Plasmodium resistentes ao tratamento antimalárico atual, incluindo terapias combinadas à base de artemisinina (ACTs). O uso terapêutico de plantas medicinais há muito contribui para o tratamento de doenças. Em relação ao tratamento da malária, muitos medicamentos, como quinina e artemisinina, são derivados de plantas. Estudos utilizando compostos bioativos, extraídos de plantas, têm demonstrado atividades biológicas como anti-inflamatória, antimicrobiana, antifúngica, anticancerígena e inseticida. Nesse contexto, o presente trabalho buscou investigar o potencial antiplasmódico de um extrato de pólen apícola de Cocos nucifera. Para analisar a supressão da parasitemia, camundongos Swiss fêmeas pesando 27 ± 2 g com 6 a 10 semanas de idade foram divididos em grupos de 5 animais cada. Os camundongos foram infectados com 1x106 de hemácias parasitadas por Plasmodium berghei ANKA, e tratados oralmente, “por gavage” por 4 dias consecutivos. Foram utilizados cinco grupos experimentais: (I) grupo controle negativo tratado com água; grupos teste com 250 mg/kg (II), 500 mg/kg (III) e 1000 mg/kg (IV) com extrato de pólen apícola; e (V) grupo controle positivo com 25 mg/kg de cloroquina. A atividade antimalárica foi avaliada pela porcentagem de inibição do crescimento do parasita nos grupos teste em relação ao grupo controle negativo. Adicionalmente, o ensaio in vivo teve a mortalidade cumulativa, toxicidade aguda do extrato e análise histopatológica realizada; durante o ensaio in vitro, a atividade citotóxica do extrato foi avaliada em células HepG2, usando seis concentrações, de 0,01-1.000 μg/mL por 24 h. Análises da composição química do extrato GC/MS e LC/MS também foram realizadas. A análise da composição química do extrato de pólen revelou a presença de ácidos graxos, cumarinas, flavonóides e terpenos. No teste de toxicidade aguda in vivo não foram observados sinais de toxicidade e mortalidade, assim como as análises histopatológicas não mostraram alterações em relação ao controle. Na avaliação da citotoxicidade in vitro, foi possível observar que o extrato manteve 100% de viabilidade celular em todas as concentrações aplicadas. O ensaio antiplasmodial demonstrou a supressão da parasitemia nas concentrações de 500 mg/kg. Em resumo, é possível observar os resultados promissores do extrato bruto de pólen de abelha contra a infecção por Plasmodium. O tratamento com o extrato foi capaz de reduzir significativamente a parasitemia em camundongos, sem induzir toxicidade in vivo e in vitro. No entanto, estudos complementares ainda são necessários para isolar os componentes bioativos do extrato e avaliar sua atividade contra cepas de Plasmodium. |