Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Larissa Praça de |
Orientador(a): |
Lima, Kenio Costa de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22775
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Resumo: |
O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial. No Brasil, o aumento da proporção de idosos na população vem sendo acompanhado por mudanças no perfil epidemiológico, onde prevalecem as doenças crônicas e agravos não transmissíveis, sendo estas as principais causas de morbidade, incapacidade e mortalidade, especialmente nos idosos que residem em Instituições de Longa Permanência. A escassez de trabalhos envolvendo a situação de saúde e de mortalidade dos idosos institucionalizados motivou a realização desta pesquisa, que tem como objetivo determinar a mortalidade e seus fatores prognósticos em idosos institucionalizados no município de Natal-RN. Trata-se de um estudo de prognóstico, com população dinâmica, iniciado em Outubro de 2013, com duração de 18 meses de acompanhamento a todos os idosos residentes (n=345) em instituições de longa permanência, com e sem fins lucrativos. Durante este período, foram realizados sete ondas de avaliação, onde foram mensuradas as seguintes variáveis antropométricas: peso (kg), altura (cm), perímetros braquial (cm) e da panturrilha (cm). A triagem nutricional foi realizada utilizando a Mini Avaliação Nutricional. As informações referentes ao consumo alimentar e a concentração de albumina sérica foram obtidas a partir da análise de dados de uma outra pesquisa a qual esse estudo faz parte. Já as informações sobre as morbidades, hospitalizações, tipo de dieta e número de medicamentos, foram obtidas por meio dos prontuários. Os dados socioeconômicos, sociodemográficos e socioculturais foram coletados através de entrevistas estruturadas com auxílio de questionários. As informações sobre a mortalidade foram obtidas após a análise do atestado de óbito. Realizou-se a análise estatística mediante a análise de sobrevida pelo método de Kaplan-Meier e, em seguida, regressão de Cox na análise multivariada, com os respectivos hazards ratios (HR). Os 345 idosos avaliados apresentaram média de idade igual a 81,2 (9,3) anos, com maior proporção da população ≥75 anos (74,8%). A maioria dos institucionalizados é do sexo feminino (76,5%), são solteiros (45,8%) e possuem algum grau de escolaridade (61,4%). Um total de 179 idosos (51,9%) possui restrição de mobilidade, 89,0% foram diagnosticados com doenças crônicas, 54% com desnutrição e 45,2% utilizam mais de cinco medicamentos ao dia. As doenças crônicas como a hipertensão (45,5%) e o diabetes (25,0%), são as mais frequentes. Durante o seguimento, 70 idosos (20,3%, IC 95%=16,25% - 25,00%) foram a óbito, nos quais as doenças do aparelho respiratório (44,3%) e circulatório (30,0%) foram as suas principais causas. A probabilidade de sobrevida global dos idosos institucionalizados foi de 78,7% (IC, 0,74-0,83) ao final da coorte, onde os principais fatores prognósticos identificados na análise de Cox foram a idade ≥ 75 anos (HR=3,85), perímetro da panturrilha inferior a 31cm (HR=2,58), alimentação por sonda (HR=2,59), alimentação pastosa (HR=2,23), com restrição de mobilidade (HR= 1,76), sexo masculino (HR= 1,75) e polifarmácia (HR=1,55). Dessa forma, melhorias nas condições de saúde, com ações voltadas a prevenção de doenças respiratórias e cardiovasculares, bem como a recuperação do estado nutricional e adequação na prescrição de alimentos e medicamentos podem resultar na redução do risco de mortalidade precoce. |