Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Cabral , Natália Louise de Araújo |
Orientador(a): |
Lyra, Clélia de Oliveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19629
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Resumo: |
O envelhecimento populacional é um fenômeno demográfico exponencial. À medida que a população envelhece, aumenta a procura por Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), como alternativa para aqueles que apresentam algum grau de dependência, bem como para as famílias que não dispõem de meios financeiros, físicos ou emocionais para a prestação dos cuidados necessários. A institucionalização provoca mudanças na rotina dos idosos, especialmente na alimentação, que, somadas às alterações fisiológicas do envelhecimento, podem levar à ingestão inadequada de alimentos e nutrientes, comprometendo o seu estado nutricional. Objetivo: Avaliar a ingestão habitual de nutrientes de idosos residentes em Instituições de Longa Permanência de Natal/RN. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, com idosos residentes em ILPI cadastradas na Vigilância Sanitária (n=416). A ingestão alimentar foi determinada por dois registros alimentares pesados, com pesagem do rejeito, realizados com intervalo de 30 a 45 dias. Para determinar a quantidade consumida, foi feita a diferença entre a quantidade servida e o rejeito. As dietas foram analisadas no ambiente do software Virtual Nutri Plus®. A ingestão habitual de cada nutriente foi estimada removendose o efeito da variância intrapessoal, pelo método da Iowa State University. Os dados de ingestão dietética foram ajustados pela energia utilizando o método dos resíduos. A adequação dos macronutrientes foi verificada de acordo os intervalos de distribuição aceitável e considerando os fatores associados. A prevalência de inadequação foi estimada pelo método da Estimated Average Requirement (EAR) como ponto de corte, e verificou-se a associação com sexo, faixa etária, tipo de instituição e necessidade de ajuda para alimenta-se por regressão logística múltipla. Resultados: Dos 416 residentes em ILPI, 313 idosos foram avaliados. Observou-se que os homens apresentaram ingestão energética média abaixo dos requerimentos nutricionais. Identificou-se que 52,4% dos idosos apresentaram consumo de energia inferior às recomendações. Verificou-se que 57,3% apresentaram consumo de gordura total abaixo do intervalo recomendado. Com relação aos carboidratos, 10,5% apresentaram consumo menor e 32,9% maior que as recomendações, sendo o consumo excessivo associado ao sexo feminino, à idade igual ou superior a 75 anos e à necessidade de ajuda para se alimentar. O consumo de proteínas estava no intervalo recomendado para todos os idosos. Elevadas prevalências de inadequação foram observadas, independentemente dos fatores associados, para quase todos os micronutrientes analisados, ressaltando-se as inadequações para as vitaminas tiamina, riboflavina, piridoxina e vitamina D, e os minerais ferro, magnésio e potássio. Os idosos apresentaram baixa ingestão usual de fibras. Conclusão: Os idosos institucionalizados apresentaram baixa ingestão de energia e desequilíbrio na contribuição dos macronutrientes da dieta, representados pelo consumo excessivo de carboidratos e insuficiente de gordura total. Além disso, apresentam elevadas prevalências de inadequação de micronutrientes, importantes na prevenção de doenças crônicas comuns em idosos |