Efeitos de sessões de psicomotricidade relacional sobre o perfil das habilidades motoras e controle postural em indivíduo com transtorno do espectro autista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Ferreira, Ana Charline Dantas
Orientador(a): Barros, Jonatas de França
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22461
Resumo: O Transtorno do Espectro Autista é considerado um transtorno do neurodesenvolvimento e do comportamento que se caracteriza pela dificuldade na interação e comunicação social com comportamentos repetitivos do indivíduo, podendo estar associado a outras síndromes com causas múltiplas. Indivíduos com Transtorno do Espectro Autista possuem padrão de desenvolvimento humano irregular e déficits no desenvolvimento motor. A Psicomotricidade Relacional é uma prática pedagógica, dedicada à movimentação corporal espontânea e ao brincar que utiliza o imaginário e o simbólico, o emocional e o afetivo, dispondo à criança e ao adulto diferentes objetos nos quais observa-se a interação entre eles. OBJETIVO: Avaliar os efeitos de sessões de Psicomotricidade Relacional sobre o perfil das habilidades motoras e o controle postural em indivíduos com Transtorno do Espectro Autista. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa exploratória-descritiva, com delineamento de um estudo de caso avaliativo. Acompanhou-se um indivíduo com 5 anos de idade, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista. Para coleta de dados pré e pós-testes foram utilizadas a Escala de Desenvolvimento Motor (EDM) e Posturografia em Plataforma de Força. Foram aplicadas 8 sessões de Psicomotricidade Relacional com crianças com o Transtorno do Espectro Autista, sendo uma por semana com duração de 60 minutos, registradas por meio de relatório construído pelos professores da sessão. Em seguida, o indivíduo foi reavaliado. Os resultados foram analisados de forma descritiva (pré e pós), sendo o da EDM por sua própria escala e a Posturografia pelo delta percentual de variação (Δ%). RESULTADOS: As sessões de Psicomotricidade Relacional promoveram ao indivíduo uma vivência corporal que permitiu uma maior movimentação e interação com os professores, e com as demais crianças na sessão, modificando o perfil das habilidades motoras e do controle postural, fato que foi demonstrado através dos resultados positivos da Escala de Desenvolvimento Motor e na diminuição da oscilação postural. Avanços foram encontrados nos testes da Escala de Desenvolvimento Motor nas áreas da motricidade fina, motricidade global, esquema corporal e organização temporal, não apresentando diferença na área do equilíbrio e apresentando diminuição dos escores na área da organização espacial. O quociente motor geral (QMG) passou de uma classificação muito inferior (QMG: 61,5) para normal baixo (QMG: 82,4) modificando a classificação de risco grave para risco leve no desenvolvimento motor. A Posturografia apontou escores de diminuição nas oscilações do centro de pressão nas variáveis analisadas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir de uma abordagem espontânea do brincar, na qual o indivíduo é estimulado a entrar numa movimentação e vivência corporal, percebeu-se que as sessões de Psicomotricidade Relacional surtiram efeitos positivos sobre o perfil das habilidades motoras e controle postural do indivíduo com Transtorno do Espectro Autista avaliado no presente estudo.