Efeitos de um programa de psicomotricidade relacional no meio aquático sobre o comportamento social em crianças com transtorno do espectro autista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Benjamim, Eloyse Emmanuelle Rocha Braz
Orientador(a): Barros, Jonatas de França
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25179
Resumo: Introdução: O transtorno do espectro autista (TEA) é uma desordem do neurodesenvolvimento que compromete, entre outros aspectos, a socialização e a comunicação, e em muitos casos, promove déficit intelectual, sendo tal fato provocador de atraso no desenvolvimento pessoal. Deste modo, usamos a abordagem relacional da psicomotricidade, que é uma interessante ferramenta para melhorar os aspectos comportamentais, que exigem mais atenção no tratamento de crianças com transtorno do espectro autista. Objetivo: Analisar os efeitos de um programa de psicomotricidade relacional em meio aquático sobre o comportamento social de crianças com transtorno do espectro autista.Metodologia: Trata-se de uma pesquisa mista, com preponderância qualitativa, sendo apresentado como estudo de casos descritivo-avaliativo. A amostra é formada por 6 (seis) sujeitos de 5 (cinco) a 7 (sete) anos de idade, de ambos os sexos, com transtorno do espectro autista usuários dos serviços de saúde do Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil de Natal/RN. Os sujeitos participaram de um programa de 14 (quatorze) sessões de psicomotricidade relacional 2 (duas) vezes por semana, 50 (cinquenta) minutos por sessão. Foram utilizados 2 (duas) escalas relativas a situação sintomática comportamental: ATEC (Autism Treatment Evaluation Checklist) e Escala ABC (Escala de Comportamento Atípico) que aplicamos antes e depois das 14 (quatorze) sessões de psicomotricidade relacional. Todas as intervenções foram filmadas, fotografadas, analisadas e descritas, além da utilização de prontuários de acompanhamento e clínico institucional do serviço de saúde, relatórios dos professores de Educação Física participantes das sessões e as entrevistas semiestruturadas com os pais. Resultados: Ao verificar a escala ABC dos participantes pré e pós-intervenção foi encontrado diferenças significativas em irritabilidade (t(5)=3,266; p=0,022), comportamento (t(5)=2,744; p=0,041) e fala inapropriada (t(5)=2,939; p=0,032). Já na escala ATEC não houve diferença significativa em nenhum quesito das suas sub-escalas. Nas entrevistas os pais expuseram ter havido mudanças positivas na socialização dos sujeitos. Os relatórios, imagens e vídeos retrataram boa interação entre os pares, com os objetos e professores durante as sessões. Somente uma criança apresentou alteração na autonomia nas atividades da vida diária (AVD’s). Conclusão: Um programa de psicomotricidade relacional no meio aquático parece melhorar o comportamento social, comunicação e diminuir a irritabilidade de crianças com transtorno do espectro autista. Efeitos foram positivos foram evidenciados nas AVD’s em um dos sujeitos.