Supressão contralateral das emissões otoacústicas transientes em lactente com sífilis congênita

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Nascimento, Leila Juliane Pinheiro do
Orientador(a): Balen, Sheila Andreoli
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/33664
Resumo: Introdução: A sífilis é um problema de saúde pública global com desafios complexos. Em mulheres grávidas o treponema paliidum pode ser transmitido ao feto, acarretando a sífilis congênita, sendo um indicador de risco para a deficiência auditiva, pois há evidência da presença de deficiência auditiva sensorioneural tardia relacionada a transmissão vertical ao bebê. Pautada nessa premissa, a via auditiva eferente, em especial, a região olivococlear medial e as células ciliadas externas, podem ser avaliadas através da supressão das emissões otoacústicas transientes contribuindo na identificação da maturação de processos fisiológicos importantes desta via em bebês com sífilis congênita. Objetivo: Estudo 1 - Caracterizar a supressão das emissões otoacústicas transientes em crianças sem indicadores de risco para a deficiência auditiva no primeiro ano de vida. Estudo 2 - Analisar o efeito inibitório do ruído contralateral nas emissões otoacústicas transientes em lactentes com sífilis congênita. Metodologia: Estudo 1 – Revisão sistemática registrada no PROSPERO (n° CRD42020187035). A busca ocorreu nas bases de dados EMBASE, LILACS, LIVIVO, PubMed, Scopus e Web of Science. A literatura cinzenta incluiu o Google Scholar, Open Grey e ProQuest, busca manual nas referências dos estudos incluídos e consulta aos experts. Estudo 2 – Transversal aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (n°3.360.991). A amostra total foi constituída de 35 lactentes divididos em dois grupos (controle - 15 lactente e estudo – 20 lactentes), todos apresentaram ondas I-III-V no PEATE à 80 dB nNA e onda V a 30 dB nNA e presença de EOAT não-linear bilateralmente. A análise da supressão foi realizada por meio das EOAT linear sem ruído e com ruído branco contralateral a 60 dB NPS. O nível de resposta de inibição foi obtido subtraindo as EOAT sem ruído das EOAT com ruído. Resultados: Estudo 1 – Foram localizados 3796 artigos, após as etapas de seleção 14 estudos atenderam os critérios de elegibilidade. Todos os estudos mostraram inibição eferente nos neonatos sem indicadores de risco para a deficiência auditiva. A supressão foi maior nos estudos que aplicaram o clique não-linear e o não filtrado com médias superiores a 1 dB em neonatos nas primeiras semanas de vida. Estudo 2 – Os níveis de resposta nas duas condições de teste foram maiores para o sexo feminino no GE e masculino para o GC bilateralmente. Para ambos os grupos os níveis de resposta das EOAT sem ruído foram maiores para a orelha esquerda, com a introdução do ruído contralatera, os níveis de resposta foram maiores a direita. Ambos os grupos apresentaram baixa ocorrência de inibição por orelha, o GE apresentou inibição em 5 (29,4%) sujeitos, o GC 3 (23,15%) bilateralmente. Contudo o GE demonstra maior nível de resposta de inibição para a orelha esquerda e o GC para direita. Conclusão: Estudo 1 – A Supressão das EOAT ocorre em lactente sem indicadores de risco para a deficiência auditiva em protocolos com características de captação diferentes, gerando médias de respostas que não permite até o momento um valor clínico normativo. Estudo 2 – O efeito inibitório do ruído contralateral nas EOAT dos lactentes com sífilis congênita não difere dos sem indicadores de risco para a deficiência auditiva.