Avaliação da audição de lactentes com sífilis congênita

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Panassol, Pâmela da Silva
Orientador(a): Corso, Andréa Lúcia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/278572
Resumo: Introdução: Os neonatos e lactentes com histórico de infecção congênita são considerados como grupo de risco para perda auditiva. Dentre as infecções congênitas, a sífilis tem grande importância epidemiológica, devido às crescentes taxas em gestantes e recém-nascidos (RN) nas últimas décadas. Entretanto, os estudos que relacionam sífilis congênita (SC) e perda auditiva (PA) encontrados na literatura são escassos e desatualizados. Objetivo: Avaliar a presença de perda auditiva em pacientes tratados para SC no período neonatal, nos primeiros meses de vida. Métodos: Estudo longitudinal prospectivo, constituído por pacientes com SC nascidos e tratados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) no período de maio de 2021 a dezembro de 2022. As avaliações otorrinolaringológicas e audiológicas foram realizadas com média de idade de 3,3 meses de vida, incluindo a pesquisa dos limiares eletrofisiológicos, por meio dos Potenciais Evocados Auditivos de Tronco Encefálico por Frequência Específica (PEATE-FE). Resultados: Foram incluídos 65 pacientes. Todos realizaram a Triagem Auditiva Neonatal (TAN), que consistiu na realização dos exames de Emissões Otoacústicas Transientes (EOA-T) e Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico Automático (PEATE-a), antes da alta hospitalar. Sessenta e um pacientes (93,8%) passaram e quatro (6,2%) falharam em ambos os testes da TAN. Dos 4 RN que falharam, 2 retornaram para o reteste e apresentaram resultados normais, 1 paciente não compareceu para realização dos exames e 1 falhou no reteste em ambos os testes. Vinte e três lactentes (35,4%) realizaram o seguimento, com o PEATE-FE. Não se observou assimetria de resposta entre as orelhas que sugerisse alteração retrococlear. Também não foram observadas alterações nos valores das latências absolutas das ondas I, III e V e dos intervalos interpicos I-III, III-V e I-V de ambas as orelhas. Na avaliação do PEATE-FE, não foram observadas alterações nos limiares eletrofisiológicos nas frequências específicas avaliadas. Conclusão: Não foram encontrados sinais de PA nos pacientes tratados para SC no período neonatal, tanto na TAN quanto no PEATE-FE realizado no seguimento.