Produção de sentidos e caminhos existenciais: como adolescentes abrigados significam as suas histórias de vida?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Rigoti, Lara Mendes Braga
Orientador(a): Bezerra, Marlos Alves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23531
Resumo: O acolhimento institucional de crianças e adolescentes é um tema complexo para discussão e pesquisa dentro e fora do campo psicológico. A presente pesquisa buscou compreender como dois adolescentes em situação de acolhimento institucional, dão sentido às suas histórias de vida antes do acolhimento, durante a institucionalização, e como pensam que será depois que saírem do abrigo. Foi utilizado o scrapbook como instrumento lúdico, de acesso às narrativas, tendo como suporte teórico a Sociologia clínica, e como perspectiva metodológica a Pesquisa (Auto) biográfica. Esse estudo mostrou que o acolhimento institucional se dá por diferentes violações de direitos as crianças e adolescentes, reflexo de um quadro de vulnerabilidade social. A medida protetiva de abrigo, que visa garantir o direito à convivência familiar e comunitária, não funciona bem assim na prática. O abrigo é um espaço complexo e controverso, que muitas vezes não cumpre o seu papel. Ele pode ser um lugar de reproduções de vulnerabilidades e desproteção. E pode ser também um lugar de proteção, de relações afetivas, referências e saídas existenciais. Ao dar voz a esses sujeitos, o trabalho oportunizou um espaço de escuta e de reflexão sobre suas próprias histórias de vida e perspectivas pós-institucionalização, possibilitando ressignificações. Talvez o acolhimento institucional seja um “mal necessário” ou seja um “bem indesejado”. O mais importante é que, dentro do abrigo ou não, eles querem ser ouvidos, ser amados, ser acolhidos.