Cacimbas do sertão: um estudo do grupo de pesquisa Sertania e Educação (2003-2020)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lopes, Thaíse de Santana
Orientador(a): Barbosa Júnior, Walter Pinheiro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49732
Resumo: O objeto desta dissertação é o Grupo de Pesquisa Sertania e Educação. Objetivamos compreender os caminhos percorridos e as marcas que foram compondo este grupo de pesquisa, circunscrevendo a caminhada aos anos de 2003 a 2020. Nos orientamos pela pergunta: Que caminhos o Grupo de Pesquisa Sertania e Educação percorreu entre os anos de 2003 a 2020? Essa pergunta de partida se desdobrou em outras, como: O que é sertania? Quais foram os lugares onde se semeou e germinou sertania? Que marcas (pegadas) a caminhada do grupo deixou ao longo desses dezessete anos? Sertania pode se configurar como ferramenta teórica para as pesquisas ou pesquisadores em educação? Para respondê-las, assumimos o paradigma indiciário de Carlo Ginzburg, mas tratando-o enquanto um método. As fontes que nos possibilitaram dados e informações foram os Projetos de Pesquisas e Extensão; as Produções Acadêmicas, como artigos, livros, monografias, dissertações, teses; os Grupos de Estudos ligados à Linha de Pesquisa Sertania e Educação de Jovens e Adultos que nutriu o Grupo de Pesquisa Sertania e Educação; os eventos realizados; os currículos dos professores; os e-mails do Grupo e fotos encontradas no acervo pessoal dos professores, no acervo da pesquisadora e no computador na sala 19 do Centro de Educação, da UFRN, além de fazermos uso da entrevista do tipo livre conversacional com alguns participantes do Grupo. Do ponto de vista teórico, trabalhamos como pano de fundo uma reflexão sobre a educação, artesania e o sertão, nutrindo essas reflexões com as concepções de Freire (1983), Mills (2009), Barbosa Junior (2017), Rosa (1959), Euclides (1902) e Ferreira (2018). Com todo o movimento de estudo, e a partir dos rastros encontrados, passamos a compreender que o Grupo de Pesquisa Sertania e Educação iniciou como um movimento de estudo em Caicó-RN; assumiu a palavra sertania a partir do poema de Nivaldete; nunca houve intenção de ter um líder, e sim aproximar pessoas que gostam de estudar-se e pensar-se; que os dois professores vindos de Caicó criam a Linha de Pesquisa Sertania e Educação de Jovens e Adultos ao Longo da Vida no campus central da UFRN, para proporcionar rodas de conversas, diálogos amorosos e escuta como condições fundamentais aos que deles necessitavam; se institucionalizou o Grupo de Pesquisa Sertania e Educação em 2010, pensando nas Pesquisas de Iniciação Científica e Pós-graduação; que ao longo desses dezessete anos o Grupo assumiu características peculiares, como não buscar autores, mas buscar o que os autores buscavam de maneira antropofágica; que o foco sempre foi a pessoa que se encontra no grupo e não conceitos ou teorias que antecedam suas existências, e, por último, percebemos que não há uma preocupação em tornar o Grupo de Pesquisa Sertania e Educação um novo paradigma científico, mas proporcionar estudos que façam seus participantes/pesquisadores compreenderem, em suas produções acadêmicas, como o objeto se faz em si, afirmando-se com essa noção que o pesquisador e sua pesquisa são únicos e unidos na vastidão de cada ser-tão.