Emulsão água-em-água como uma diferente abordagem para produção micropartículas à base de xilana contendo mesalazina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Souza, Bartolomeu Santos de
Orientador(a): Egito, Eryvaldo Socrates Tabosa do
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/32612
Resumo: A técnica de emulsão água-em-água é capaz de preparar micropartículas sem uso de solventes nocivos. No entanto, há poucos relatos na literatura mostrando a encapsulação de fármacos de baixo peso molecular em micropartículas através dessa técnica. Em vista disso, esse trabalho teve como objetivo desenvolver meios para aprisionar fármacos com baixo peso molecular por meio da técnica de emulsão águaem-água utilizando a mesalazina como fármaco modelo. Para isso, uma abordagem usando reticulação dupla, com CaCl2, foi proposta para promover maiores taxas de encapsulação. Para produção e escolha das melhores micropartículas foi realizado, respectivamente, um planejamento fatorial completo 23 e um diagrama de fases. A morfologia e tamanho médio foram avaliados por microscopia óptica com amplitude de 10x e contagem de 500 partículas em triplicata. Para um melhor entendimento das características e interações químicas entre fármaco, reticulantes e polímero, análises de infravermelho e difração de raios-X (DRX) foram realizadas. Adicionalmente, o perfil de liberação do fármaco foi avaliado por meio de leituras espectrofotométricas num período de 12h. Dentre as formulações obtidas, o tamanho médio das partículas variou entre 4,6 ± 0,1µm e 6,3 ± 0,2µm. Os resultados revelaram que todas as formulações apresentavam micropartículas de formato esférico e não agregadas. Percebeu-se que quando a reticulação dupla foi usada no processo de produção, a taxa de encapsulação foi maior, quando comparada a formulação sem essa abordagem. Esse resultado também pode ser observado em análises de infravermelho e DRX, ambos apresentam identidade de grupos funcionais específicos do fármaco, nas formulações onde o CaCl2 foi utilizado. Adicionalmente, essa abordagem permitiu uma taxa de encapsulação da mesalazina em torno de 50%, resultado surpreendente até então para moléculas de baixo peso molecular, usando esta técnica. Um outro aspecto que merece destaque para esta formulação foi a retenção de quase 40% do fármaco, presente nas micropartículas, após 12 horas de ensaio de dissolução, provavelmente devido ao elevado grau de reticulação. Portanto, a abordagem de reticulação dupla utilizada na produção de micropartículas foi eficaz na encapsulação da mesalazina, podendo ser utilizada como uma nova alternativa para encapsular outros fármacos com característica físico-quiímicas semelhantes.