Nanopartículas de mesalazina com propriedades mucoadesivas incorporadas em micropartículas para a liberação colônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Robusti, Leda Maria Gorla
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/236796
Resumo: A mesalazina é um fármaco com solubilidade pH dependente que quando administrado por via oral, apresenta grandes desafios por ser instável frente às condições de variação de pH, conteúdo microbiológico e enzimático apresentadas pelo trato gastrointestinal. A MSL é um fármaco anti-inflamatório de primeira escolha no tratamento das doenças inflamatórias intestinal. A dose usual de mesalazina para o tratamento da recidiva e manutenção da remissão é muito elevada, uma vez que grande parte do fármaco é solubilizado e absorvido no estomago, prejudicando seu efeito local no lúmen intestinal. Neste trabalho, nanopartículas de MSL revestidas com quitosana e incorporadas em micropartículas poliméricas de goma gelana e amido resistente foram desenvolvidas para a liberação colônica e aplicação no tratamento de doenças inflamatórias intestinais. Modelagem computacional foi utilizada para o delineamento do sistema nanoestruturado para prever o comportamento de precipitação da MSL em diferentes valores de pH. Foram selecionados três valores de pH para a obtenção das nanossuspensões de MSL, pH1,5; pH4,0 e pH6,0, nos quais ocorre a precipitação de partículas com cargas superficiais positivas, praticamente nula e negativas, respectivamente. As nanopartículas foram avaliadas quanto ao tamanho (145,9nm a 936,7nm), PDI (0,47 a 0,58) e potencial zeta (8,5mV a -31,6mV). As NPs obtidas foram revestidas com QTS para agregar a habilidade mucoadesiva ao sistema. Os revestimentos das NPs com diferentes proporções de QTS e metodologias foram avaliados resultando em tamanhos que variaram de 169,37nm a 442,4nm e PDI de 0,42 a 0,81. A partir desses resultados, as partículas F3, obtida em valor de pH6,0 sem revestimento e F3cQ, com revestimento de QTS, foram escolhidas e avaliadas quanto a interação com a mucina. O resultado mostrou que ambas as formulações interagem com a mucina, sendo que a F3 mostrou maior afinadade em pH ácido e a F3cQ em pH que simula do meio entérico. As F3 e F3cQ foram incorporadas em uma dispersão polimérica de GG:AR para a obtenção de micropartículas (MPs). A eficiência de encapsulação variou de 22,15 e 25,4% e as micropartículas demonstraram elevada capacidade mucoadesiva em ensaio ex vivo. O perfil de dissolução in vitro da MLS a partir das MPs, contendo NPs encapsuladas, demonstraram controle das taxas de liberação, com porcentagens muito inferiores às NPs isoladas e do fármaco livre. Esse comportamento mostra a capacidade das MPs em controlar as taxas de liberação do fármaco a partir das NPs em meio ácido e entérico.