Sistemas de liberação de fármacos baseados em nanosuspensão de mesalazina e complexos polieletrolíticos para potencial aplicação na colite ulcerativa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Pereira, Amélia Aparecida Rocca
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/253442
https://lattes.cnpq.br/5643200958785286
https://orcid.org/0000-0002-7448-5747
Resumo: A retocolite ulcerativa (RU) é uma das doenças inflamatórias intestinais (DII) que afetam parte da população mundial por causarem intensa inflamação do TGI (trato gastrintestinal). A terapia consiste em manter a remissão da doença inibindo a ativação da cascata inflamatória, sendo a MSZ (mesalazina) eficaz em casos leves e moderados, no entanto, é um desafio no tratamento manter uma concentração adequada do fármaco na mucosa do cólon, uma vez que o fármaco requer várias administrações diárias (>2g/dia) por apresentar rápida absorção no estômago e intestino delgado e consequentemente dispondo de uma concentração insuficiente no cólon. Atualmente, o avanço da tecnologia farmacêutica tem proporcionado diversos sistemas promissores para vetorização de fármacos direcionados à sítios específicos, buscando superar as limitações das formulações convencionais. Neste trabalho, desenvolveu-se nanosuspensões (NS) incorporadas em complexos polieletrolíticos (PECs) como potencial estratégia para vetorização da MSZ ao cólon. Os PECs foram compostos por quitosana (QS), alginato (ALG) e ftalato de hidroxipropilmetilcelulose (HP), polímeros naturais e mucoadesivos, propriedades que contribuem em manter uma maior permanência do fármaco na mucosa inflamada. Para obtenção dos sistemas nanoestruturados foi utilizado o método de complexação polieletrolítica, a qual se incorporou o fármaco em sua forma solubilizada e em nanosuspensões (obtida pelo método de Bottom-up). As nanosuspensões consistem em dispersões coloidais submicrométricas com intuito de aumentar a solubilidade de fármacos pouco solúveis em água, como a MSZ, aumentando suas taxas de dissolução, viabilizando a transposição às barreiras biológicas e retenção a tecidos específicos. Foi avaliado a influência do pH em diferentes proporções de policátion (QS) e poliânions (ALG/HP) para obtenção das nanoestruturas. As amostras apresentaram resultados favoráveis (427nm/0,5/+30,5mV-pH4) (227nm/0,5/+24,8mV-pH6) e verificou-se que a concentração de 1,66mg/ml foi a mais adequada para a incorporação do fármaco. Além disso, as nanosuspensões foram comparadas com o fármaco disperso molecularmente e o percentual de eficiência de associação apresentou resultados significativos (59 e 61%). A microscopia de varredura ilustrou a forma esférica das partículas com uma distribuição uniforme. Avaliando a estabilidade dos sistemas, houve redução significativa no diâmetro com menor proporção de CS em pH 4, no PDI a adição de HPMC e maiores proporções de CS proporcionou obtenção de partículas monodispersas e no potencial zeta, houve um aumento significativo na densidade de carga com maior proporção de CS. Assim, a utilização de nanosuspensões pode ser uma estratégia promissora para aumentar o teor de encapsulação de fármacos pouco lipofílicos.