Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Novaes, Tatiani Daiana de |
Orientador(a): |
Oliveira, Maria Bernadete Fernandes de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25409
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Resumo: |
Este trabalho teve como questão central a reflexão em torno de como os enunciados dos cartazes de protesto materializaram as relações dialógicas e, a partir delas, como identificar os sentidos valorados que contribuíram para a escrita carnavalesca e risível da história das manifestações de junho de 2013 no Brasil. A pesquisa investiga os enunciados de protesto dos cartazes presentes nas jornadas de junho de 2013, com base nas concepções teóricas e no método sociológico escritos pelo Círculo de Bakhtin, além de reflexões contemporâneas da análise enunciativa do discurso. A reflexão parte da concretização de alguns objetivos estabelecidos: a) compreender como ocorrem as relações dialógicas nos enunciados dos cartazes de protesto de junho de 2013; b) identificar as marcas da carnavalização e do risível; c) descrever os processos de enunciação dos cartazes de protesto de junho de 2013; d) compreender como se materializam as formas de representar discursivamente um fenômeno político e histórico como as jornadas de junho de 2013 por meio de um discurso marginal/não oficial, como os enunciados de protesto. As análises apresentam duas partes: uma que discute a relação que há entre as manifestações de junho de 2013 e a cosmovisão carnavalesca; e outra com as análises dos cinco enunciados que compõem o corpus da pesquisa. Como resultado, conclui que o posicionamento axiológico do sujeito é um elemento constitutivo do enunciado de protesto, contribuindo para o objetivo comunicativo, para o riso transgressor, para a crítica debochada. Alguns aspectos de destaque na análise são: a carnavalização e o risível ocorrem por meio da violência e do destronamento; os sentidos valorados também resultam das relações dialógicas a partir das relações sóciohistóricas do contexto de produção do enunciado; as relações axiológicas não são atos individuais, de sujeitos únicos, mas sim, coletivos, ancorados na dimensão ideológica de determinados grupos discursivos que se engajam valorativamente; os enunciados não refletiram as marcas de um manifestante tradicional: um sindicalista; uma feminista clássica; um habitual sujeito do movimento negro, indígena, LGBT; os sujeitos das manifestações são mais provisórios, envolvidos pela espetacularização e dispersam no fim da festa. Além disso, é recorrente o uso da linguagem coloquial, típica do novo manifestante. |