O poder da linguagem de expressar e (se) produzir ideologias: manifestações de junho de 2013 no Brasil - posições enunciativas nos editoriais de Veja e Carta Capital
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias Sociais e Tecnologicas# #-8792015687048519997# #600 Brasil UCPel Programa de Pos-Graduacao em Letras# #8902948520591898764# |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/646 |
Resumo: | No mês de junho do ano de 2013, no Brasil, explodiram grandes manifestações de rua, chamadas Jornadas de Junho, as quais vieram na esteira dos protestos ocorridos em vários países do mundo em 2011, e por sua magnitude, foram abordadas exaustivamente pelos principais órgãos de imprensa do país. Partindo-se da importância dessas manifestações para a história recente do Brasil e, considerando-se a forte influência das revistas semanais no desfecho de acontecimentos importantes no país, objetiva-se, neste trabalho, analisar as posições enunciativas das revistas Veja e Carta Capital, por meio de seus editoriais, sobre tais manifestações. A partir das análises realizadas, apresentam-se reflexões sobre a influência do posicionamento das revistas nos desdobramentos sociopolíticos pós-junho de 2013 no país. Para tanto, utiliza-se da pesquisa qualitativa de caráter interpretativista, apoiando-se no Dialogismo Bakhtiniano, o qual dialoga com ideias de pensadores contemporâneos que se dedicaram a estudar as manifestações de rua no mundo e no Brasil, como Manuel Castells, Zygmunt Bauman, Carlo Bordoni, Slavoy Žižek, Boaventura Santos, dentre outros, além de dialogar também com ideias de autores, como John Thompson, Manuel Castells e Dênis de Moraes, os quais apresentam estudos sobre o poder da mídia. Os resultados do estudo indicam que o texto funciona como espaço dialógico, em que se revelam determinados posicionamentos enunciativos/ideológicos por parte de quem enuncia, constituídos de acordo com determinados valores e interesses. Os editoriais de Veja apontam que a mudança discursiva da revista com relação às Jornadas de Junho não implica em mudança de posição enunciativa, confirmando a posicionamento ideológico conservador de tal veículo de comunicação. Já o editorial de Carta Capital, através da sua posição enunciativa, reafirma a linha progressista que a revista declara seguir. Também os resultados vão no sentido de que Veja, através de seu discurso antigovernista, conjuntamente com outros órgãos da imprensa conservadora importantes no Brasil, esteve na vanguarda dos desdobramentos pós-junho de 2013 no país. |