Uma análise sobre o discurso da revista Veja em relação às manifestações de junho de 2013

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Peres, Eveline Rosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias Sociais e Tecnologicas#
#-8792015687048519997#
#600
Brasil
UCPel
Programa de Pos-Graduacao em Letras#
#8902948520591898764#
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/490
Resumo: Veja caracteriza-se por ser uma das revistas do grupo Abril editorial com maior número de vendas - a revista de circulação nacional mais vendida - além disso, caracteriza-se também, por apresentar um posicionamento discursivo identificado com as bandeiras das elites do nosso país. Nesta dissertação, analisamos as capas das edições publicadas nos dias 19 e 26 de junho de 2013, os editoriais dessas duas edições, bem como duas reportagens, buscando compreender a aparente mudança discursiva ocorrida na Veja. As edições em estudo possuem como matéria de capa os protestos que surgiram em todo o país no início de junho do referido ano. Movidos, primeiramente, por reivindicações contra o aumento das passagens, esses protestos se estenderam para temas mais amplos como combate à corrupção, aos investimentos bilionários na Copa do Mundo de 2014, à homofobia, entre outras causas que indignam boa parte do país. Sendo assim, neste estudo, partindo do arcabouço teórico da análise de discurso (AD) de filiação pêcheuxtiana, propomo-nos a analisar as construções sintáticas das manchetes, as escolhas das imagens, a disposição e o tamanho das letras, as fotos e as cores escolhidas, buscando responder os seguintes questionamentos: Que condições de produção perpassam a construção dessas capas? Que fatores desencadearam a mudança discursiva das capas entre as duas edições? Como podemos perceber essa virada discursiva na materialidade linguística? Como a revista caracteriza os participantes do Movimento Passe-Livre e como se utiliza da ironia para descaracterizar os objetivos do MPL? Por fim, buscamos compreender se essas manifestações de junho de 2013 se constituíram como acontecimentos discursivos ou enunciativos.