Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Silvestre, Leandro Costa |
Orientador(a): |
Jardim, Jomar Gomes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SISTEMÁTICA E EVOLUÇÃO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25913
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Resumo: |
As samambaias e licófitas compreendem as plantas vasculares sem sementes, e apresentam a fase esporofítica dominante. Atualmente estão distribuídas em diversas regiões, com maior predominância na região Tropical, ocorrendo principalmente nas florestas úmidas, como a Floresta Atlântica e Amazônica, locais com o registro de 915 e 534 espécies respectivamente no Brasil. São recorrente estudos indicando relações florísticas entre a Floresta Atlântica a Amazônica, de forma que diversas espécies, não apenas de samambaias e licófitas, apresentam ocorrência nestes domínios fitogeográficos. Este trabalho visa registrar a ocorrência de espécies de samambaias e licófitas em remanescentes de Floresta Atlântica nos estados do Rio Grande do Norte e Ceará, destinadas a conservação da biodiversidade e importantes para a formação de corredores na Floresta Atlântica. Por meio da distribuição das espécies da família Pteridaceae foi desenvolvida uma análise de panbiogeografia visando encontrar traços generalizados compatíveis com as rotas para troca de espécies entre a Floresta Atlântica e Amazônica. Considerando que estas rotas seriam viáveis para presença de fragmentos florestais em outros domínios fitogeográficos como a Caatinga, o Cerrado e o Pantanal foi gerada uma modelagem de distribuição dos biomas na América do Sul visando estabelecer a delimitação dos biomas durante o Último Máximo Glacial (período glacial) e durante o Holoceno Médio (período interglacial). O registro de samambaias e licófitas ocorreu em três unidades de conservação, o Parque Nacional de Ubajara, Área de Proteção Ambiental Serra da Meruoca (ambas no Ceará) e a Área de Relevante Interesse Ecológico Mata da Bica (Rio Grande do Norte). Nestas áreas buscou-se visitar o maior número de ambientes possíveis, principalmente aqueles com maior predominância de ocorrência de samambaias e licófitas, o material coletado foi herborizado e depositado nos herbários RN, UFRN, EAC e JPB. Para a análise de panbiogeografia foi elaborada uma planilha com o registro de espécies de Pteridaceae ocorrentes na Floresta Atlântica no Nordeste do Brasil e posteriormente foram elaborados traços individuais, generalizados e nos panbiogeográficos por meios dos softwares Martitracks e Quantum Gis. Para a modelagem da distribuição dos biomas durante o período glacial e interglacial, foi utilizado o software Maxent, com o algoritmo de mesmo nome e o software Openmodeller com o algoritmo de distância ambiental. A flora registrada na Área de Relevante interesse ecológico (ARIEC) da Mata da Bica e Área de Proteção Ambiental (APA) Serra da Meruoca corresponde a 17 espécies de samambaias e uma licófitas. De acordo com a análise de similaridade foi observada uma maior similaridade florística entre as áreas da APA Serra da Meruoca e ARIEC Mata da Bica com áreas do domínio fitogeográfico da Caatinga, mesmo ocorrendo em fitofisionomia da Floresta Atlântica. Por meio da análise de Panbigeografia foi identificado que as homologias espaciais encontradas através dos traços generalizadas, corroboram com as rotas principais para o intercâmbio de espécies entre as Florestas Atlântica e Amazônica. Em relação com a delimitação dos biomas durante os períodos glaciais e interglaciais foi observada que maioria das áreas dos biomas analisados apresentaram expansão durante o Holoceno Médio em comparação com o Último Máximo Glacial. A expansão ocorreu nas Florestas Tropicais e Subtropicais Latifoliadas Úmidas (19,52%), Pradarias, Savanas e Matagais Temperados (12,12%) e Florestas Tropicais e Subtropicais Latifoliadas Secas (8,76%). Ocorreu retração nos Pradarias e Savanas Alagadas (1,25%) e Pradarias, Savanas e Matagais Tropicais e Subtropicais (6,38%). Também foram registradas áreas de estabilidade de florestas úmidas que poderiam atuar como pontes para a troca de espécies. |