Padrões de diversidade de samambaias e licófitas em um gradiente altitudinal na floresta atlântica no sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Nervo, Michelle Helena
Orientador(a): Overbeck, Gerhard Ernst
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/163709
Resumo: Dados e análises de gradientes altitudinais em diversidade têm sido fundamentais para o desenvolvimento e avaliação de uma série de teorias gerais da biodiversidade. Esta proposta pretende contribuir para uma melhor compreensão dos padrões de diversidade das samambaias e licófitas ao longo de um gradiente de altitude no Sul do Brasil, abrangendo desde as formações florestais da planície, composta pela floresta de Terras Baixas, Submontana, como por formações florestais de altitude superiores, florestas Montana e Altomontana, e considerando a influência de fatores climáticos e de solo sobre as comunidades de plantas deste grupo. Assim, os objetivos deste estudo são: 1) verificar se a composição e riqueza de espécies varia ao longo do gradiente altitudinal; 2) se caso afirmativo, descrever em qual altitude podemos encontrar a maior diversidade; 3) analisar se existem diferenças ao longo do gradiente nos padrões de distribuição entre comunidade epifítica, terrícola e rupícola; 4) estabelecer quais são os fatores ambientais e de espaço que governam a distribuição das espécies de samambaias e licófitas, sua riqueza e sua cobertura na floresta brasileira ao sul do Atlântico; 5) investigar se espécies epifíticas e terrestres respondem igualmente aos condutores ambientais. Os resultados de um estudo detalhado, bem como de análises morfológicas, ecológicas, pedológicas e geográficas são: 1) a composição e riqueza de espécies variou significativamente ao longo do gradiente altitudinal; 2) riqueza e diversidade foram maiores nas formações superiores (Montana e Altomontana); 3) comunidades ecológicas distintas (epifítica, terrícola e rupícola) diferiram quanto ao padrão de distribuição observado ao longo do gradiente; 4) os fatores ambientais (tais como: insolação solar, precipitação, velocidade do vento, umidade relativa do ar relacionados ao clima e, concentração de matéria orgânica, alumínio, pH e profundidade, relacionados ao solo) apresentam maior importância na variação da distribuição de espécies ao longo do gradiente; 5) a variação da distribuição de espécies epífitas demostrou ser mais relacionada aos condutores ambientais relacionados aos fatores climáticos enquanto que as espécies terrestres, aos fatores edáficos. Processos de nicho (teoria de nicho) são os responsáveis por modular a distribuição e a abundância das espécies de samambaias e licófitas ao longo do gradiente altitudinal da Floresta Atlântica Sul Brasileira. Adicionalmente, é descrito novo registro de Stigmatopteris no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil.