Staphylococcus aureus resistente à meticilina colonizando pacientes em tratamento de hemodiálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Galvão, Julliette Medeiros de Oliveira
Orientador(a): Melo, Maria Celeste Nunes de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA PARASITÁRIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25208
Resumo: Os Staphylococcus aureus, em especial a linhagem Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), é reconhecidamente um importante patógeno humano e se destaca não somente pela sua patogenicidade, mas também pela sua elevada capacidade de adquirir resistência à maioria dos antimicrobianos disponíveis para o tratamento das infecções estafilocócicas. Esta bactéria integra a microbiota da pele e superfícies das mucosas sendo a mucosa nasal anterior o sítio primário da sua colonização, em indivíduos saudáveis. A presença dessa espécie em determinadas populações como indivíduos em tratamento de hemodiálise, representa um fator de risco para o desenvolvimento de infecções. O objetivo do estudo foi verificar a prevalência da espécie Staphylococcus aureus e da linhagem Staphylococcus aureus resistente à meticilina colonizando pacientes submetidos ao tratamento de hemodiálise em uma clínica de referência na cidade do Natal-RN. As amostras nasais foram coletas com auxílio de swab estéril, os quais foram inoculados em caldo BHI e encaminhados ao Laboratório de Bacteriologia Médica na UFRN, onde os mesmos foram incubados por 24h a 37˚C. Os isolados bacterianos foram identificados presuntivamente através de técnicas convencionais como a coloração de Gram e os testes para as enzimas catalase e coagulase. A identificação dos MRSA e a susceptibilidade aos antimicrobianos foram realizadas através da técnica de disco difusão. Os genes mecA e lukF foram pesquisados através da técnica da Reação em Cadeia da Polimerase. Os dados relativos aos pacientes foram coletados através de uma entrevista estruturada com 15 perguntas. Participaram deste estudo, 375 pacientes, dos quais 90 (24%) portavam o S. aureus em suas narinas e 9 (2,4%) o Staphylococcus aureus resistentes à meticilina. Todos os MRSA apresentaram o gene mecA. Das cepas de MRSA, oito apresentaram o gene lukF, codificador da Leucocidina de Panton Valentine (PVL). Nenhuma das variáveis pesquisadas mostrou-se associada estatisticamente com a frequência de S. aureus e MRSA. Contudo, a presença desse micro-organismo é importante, especialmente a linhagem MRSA, uma vez que sua virulência e resistência aos antimicrobianos é bastante estabelecida e, sobretudo, colonizando pacientes hemodialíticos, os quais apresentam maior susceptibilidade às infecções.