Pesquisa de anticorpos anti-PBP2a em pacientes colonizados por Staphylococcus Aureus resistente à meticilina (MRSA)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Müller, Rodrigo
Orientador(a): Senna, José Procópio Moreno
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos.
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5899
Resumo: As infecções causadas por Staphylococcus aureusresistentes à meticilina (MRSA) são temidas em virtude da dificuldade de seu tratamentoe da elevada morbidade associada. A PBP2a (penicillin binding protein 2a), enzima responsável pela síntese da parede celular em MRSA, apresenta baixíssima afinidade porbeta-lactâmicos. Pelo fato de a PBP2a estar localizada na superfície externa, a mesma seria acessível ao sistema imune. Durante as infecções causadas por MRSA, pouco se sabe se o hospedeiro infectado ou colonizado desenvolve anticorpos anti-PBP2a e se osmesmos seriam protetores ou não. O presente projeto tem por finalidade avaliar a presença e níveis de anticorpos anti-PBP2a em um grupo de 56 pacientes colonizados por MRSA e investigar se estes anticorpos seriam protetores ou não. Os resultados gerados permitiram observar que 71% das amostras analisadas apresentaram anticorposanti-PBP2a pelo teste ELISA. Estas amostras foram submetidas à Western blot paraconfirmação, demonstrando que 46% das amostras possuíram anticorpos anti-PBP2a. Após estes resultados, as amostras positivas foram submetidas à purificação para avaliar a cinética de crescimento de MRSA. Foi observado que houve ligeira redução do crescimento bacteriano entre amostras de soro com anticorpos MRSA comparadas comas de soro com anticorpos anti-MSSA (PBP2a negativos). Por conseguinte avaliamos a curva de crescimento de MRSA em presença de imunoglobulinas purificadas de soro de pacientes colonizados por MRSA, (quantificação bacteriana). Observamos que houve uma redução drástica do crescimento bacteriano em presença destas imunoglobulinas. Os resultados obtidos indicaram que: (i) pacientes colonizados por MRSA podem produzir anticorpos anti-PBP2a e (ii) estes anticorpos podem conferir proteção contra MRSA. Estes dados parecem indicar que uma potencial vacina anti-PBP2apoderia ser efetiva para prevenção de infecções causadas por MRSA, como também para o emprego de imunoterapia passiva para o tratamento de pacientesinfectados por este patógeno.