Resiliência, estresse ocupacional e capacidade para o trabalho em profissionais de saúde durante a pandemia da COVID19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Negreiros, Bárbara Teixeira Campos de
Orientador(a): Maia, Eulalia Maria Chaves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45575
Resumo: Os profissionais de saúde são considerados uma das categorias mais expostas a riscos de adoecimento, em virtude das características inerentes à natureza laboral. Esse contexto se agravou com a pandemia da COVID-19, submetendo essa classe a uma sobrecarga de trabalho, risco acentuado de adoecimento e ao afastamento de sua rotina. Dessa forma, o objetivo desse estudo é investigar a relação entre resiliência, estresse ocupacional e a capacidade para o trabalho nos profissionais que atuam no cuidado direto a pacientes com COVID-19. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, transversal e correlacional com 91 colaboradores (enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos e fisioterapeutas) de um hospital de referência no Rio Grande do Norte. Os funcionários responderam um Questionário Sociodemográfico (dados sociais e de contexto laboral), a Connor-Davidson Resilience Scale, a Escala de Estresse no Trabalho e o Índice de Capacidade para o Trabalho. Os resultados indicaram baixos níveis nos constructos de resiliência e estresse ocupacional, e uma boa capacidade para o trabalho da amostra total. Referente ao instrumento de resiliência, esse apresentou associação significativa com os enfermeiros e demais participantes do gênero feminino, ambos apresentando baixa resiliência. No tocante ao estresse laboral, as enfermeiras, juntamente com os técnicos de enfermagem, demostraram risco diante alto nível de estresse. Para mais, a análise de agrupamento evidenciou a existência de três clusters que se distribuem pelos diferentes escores nas escalas, com destaque para o Cluster 1, que apresentou valores críticos em todos os instrumentos e denotou o sofrimento frente a vivência laboral e a necessidade de intervenções. Verifica-se que as vivências cotidianas das equipes de saúde durante a pandemia, influenciaram a percepção do trabalho e de sua capacidade em lidar ou superar as adversidades. Outro aspecto relevante está na funcionalidade e recursos físicos e mentais para realizar suas atividades laborais.