Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Albuquerque Júnior, Francisco Didier Guedes |
Orientador(a): |
Sales Neto, Francisco Firmino |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55213
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Resumo: |
Este trabalho tem como objetivo historicizar a composição de novas paisagens sonoras no Alto Sertão paraibano, particularmente através dos hibridismos musicais empreendidos pela banda Tocaia da Paraíba, entre os anos de 1995 a 2010. Para tanto, compreende-se que o grupo é fruto de uma complexa cena musical alternativa formada na cidade de Cajazeiras (Paraíba), em finais dos anos 1980. Nesse ritmo, como uma ramificação dessa cultura musical local, a banda Tocaia da Paraíba se tornou um dos principais expoentes do circuito musical paraibano durante as décadas de 1990 e 2000, destacando-se, sobretudo, por dois motivos: primeiramente, pela estrutura híbrida de sua sonoridade, que, instaurada em pleno Alto Sertão paraibano, trouxe para suas práticas culturais novas referências musicais do rock às bandas de pífano, do jazz ao coco de roda, do samba ao repente sertanejo, unindo a esfera local ao global e levando o grupo a compor canções autorais que tensionaram as pétreas concepções tradicionalistas da musicalidade nordestina, particularmente a do espaço sonoro do sertão paraibano; em seguida, pela notoriedade conquistada nos eventos musicais dos quais participou, espalhados por praticamente todas as regiões do território nacional, bem como pela aparição em matérias jornalísticas de destacados meios da imprensa nacional. Em vista dessa temática, a presente análise histórica busca compreender o fazer cultural que esse grupo cajazeirense propôs a partir de suas concepções estéticas e da configuração de uma paisagem sonora híbrida, marcada por uma postura de independência artística alternativa ao mainstream musical. Como fontes, utilizam-se do encarte (capa, contracapa) e das canções inseridas nos discos Tocaia (2000) e Botando pra quebrar (2005), além de periódicos que noticiaram o grupo (a exemplo da Folha de S. Paulo, Tribuna da Imprensa e Gazeta do Alto Piranhas), blogs, materiais de divulgação física (panfletos e cartazes dos shows), registros fotográficos, gravações audiovisuais e entrevistas – tanto com os integrantes da banda Tocaia como de outros grupos da cena alternativa local (Gonzalez, 2013). Em relação ao embasamento teórico, realiza-se através da operacionalização dos conceitos de: paisagem sonora, perspectiva espacial edificada por Murray Schafer (2011a; 2011b) e Tim Ingold (2015); sertões, discutido por Janaína Amado (1995) e Durval Muniz de Albuquerque Júnior (2014); canção popular, instrumentalizado por Marcos Napolitano (2002), José Geraldo Vinci de Moraes (2000), Adalberto Paranhos (2015) e Luiz Tatit (2012); e de hibridismo cultural, trabalhado por Néstor García Canclini (2019) e Peter Burke (2003). |