Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Medeiros, Anne Karoline de Oliveira |
Orientador(a): |
Silva, Anaxsuell Fernando da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55580
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Resumo: |
A pandemia da Covid-19 mudou a dinâmica do sistema de saúde brasileiro, exigindo adaptações e novas estratégias para o enfrentamento dessa emergência sanitária. Em seu momento mais intenso, tanto o sistema público como o privado, passaram a operar no limite da capacidade. Isso afetou diretamente o cotidiano dos profissionais de saúde que se depararam com hospitais superlotados, falta de leitos, aumento no número de mortes, riscos de contaminação e a escassez de equipamentos de proteção individual, entre outras adversidades. Um contexto que provocaria exaustão mental e emocional. Entre os trabalhadores afetados estão as assistentes sociais que atuaram na linha de frente do combate à Covid-19. Elas se relacionam não apenas com usuários do SUS, mas com seus familiares, que na maioria das vezes são pessoas em situação de vulnerabilidade social, para garantir os seus direitos. Com base nesse cenário, a pesquisa busca compreender as vivências das assistentes sociais do Hospital Universitário Lauro Wanderley (UFPB) durante a pandemia e suas experiências de sofrimento. As interlocutoras desta pesquisa são as profissionais em atividade que compõem a equipe de Serviço Social do Hospital Universitário Lauro Wanderley. Um universo composto por 18 profissionais entre eles: 17 mulheres e 01 homem, com idades que variam de 31 a 65 anos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com a triangulação de métodos. São analisadas cartas escritas pelas trabalhadoras, nas quais foram narradas as vivências de trabalho e extraídas as categorias êmicas de inteligibilidades do sofrimento. Nos relatos analisados é possível observar como a ação de moldar sentimentos e por vezes até suprimi-los é um processo maleável que pressupõe negociação e uma capacidade de agência, que a todo momento é colocada em questão pelas regras do hospital, por dilemas morais, por contradições entre a prática e a ética profissional ou pela tentativa de evitar o sofrimento, que muitas vezes se mostrou impossível, assim como o sofrimento psicossocial resultante do processo de trabalho. |