Previsão de ocorrência de reação adversa a medicamento em pacientes hospitalizados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Lima, Sara Iasmin Vieira Cunha
Orientador(a): Oliveira, Antônio Manuel Gouveia de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/32766
Resumo: Introdução: As Reações Adversas aos Medicamentos (RAM) têm uma incidência significativa entre pacientes hospitalizados. Um passo importante para reduzir a incidência das reações adversas seria a identificação daqueles pacientes que estão em risco aumentado de desenvolver uma RAM a partir de fatores de risco individuais. Objetivo: Desenvolver uma ferramenta para prever RAM em pacientes hospitalizados. Metodologia: Estudo observacional, analítico, de casos-controles na proporção 1:2, de todos os pacientes admitidos durante o período junho de 2016 a dezembro de 2017 no Hospital Universitário Onofre Lopes, Brasil. Para a identificação das variáveis dos pacientes associadas com a ocorrência de RAM foi realizada inicialmente, com a totalidade da população do estudo, a análise univariada de cada variável do paciente por regressão logística condicional. Para a análise multivariada foram incluídas as variáveis que em análise univariada apresentaram associação significativa com a ocorrência de RAM a um nível de significância <0,10. Foi utilizado o programa estatístico Stata 12. Resultados: A proporção de pacientes em que ocorreu uma ou mais RAM foi de 5,31% (IC95% 4,77-8,88%). As reações adversas mais comuns foram a hipoglicemia (25,4%) e a hipotensão (19,8%). Após regressão logística condicional gradual 14 variáveis que se mostraram associadas com a ocorrência de RAM, dentre elas o sexo feminino (OR ajustado ORA) 1,50, história prévia de RAM (ORA 2,05), frequência cardíaca ≥ 72 bpm (ORA 1,96), pressão arterial sistólica ≥148 mmHg (ORA 1,70), pressão arterial diastólica <79 mmHg (ORA 1,96), diabetes mellitus (ORA 2,10), uréia sérica ≥ 67 mg/dL (ORA 1,94), sódio sérico ≥ 141 mmol / L (ORA 1,83), potássio sérico ≥ 4,9 mmol/L (ORA 1,67), diagnóstico principal classificado na CID-10 capítulo II - Neoplasias (ORA 2,90), prescrição de ≥ 3 medicamentos ATC classe B (ORA 1,82), prescrição de ATC medicamentos da classe R (ORA 1,89), prescrição de medicamentos intravenosos (aORA 1,44) e prescrição de ≥ 6 medicamentos orais (ORA 1,52). Conclusão: Um instrumento de estratificação de risco baseado nesses 14 fatores de risco apresentou, na validação interna, área sob a curva ROC de 0,73, sensibilidade de 61% e especificidade de 73%.