Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
ALMEIDA, Kátia Raquel de |
Orientador(a): |
MAIA, Maria Bernadete de Sousa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/26563
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Resumo: |
Os medicamentos, prioritariamente formulados para finalidades terapêuticas, podem, também, gerar problemas igualmente maléficos. Esta dualidade, às vezes trágica, representada pelos eventos adversos (EA) é um importante problema de saúde pública e objeto de estudo da farmacovigilância. Esta, por sua vez, tornou-se uma atividade regulatória indispensável para a indústria farmacêutica, contribuindo para monitorar a segurança dos medicamentos. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi caracterizar os EA relatados espontaneamente a um laboratório farmacêutico público nacional, no período de julho de 2012 a dezembro de 2013. Para tanto, foi desenvolvido um estudo descritivo e observacional dos formulários de suspeita de EA. De um total de 76 notificações recebidas, 46 foram consideradas válidas para este estudo. A análise sóciodemográfica da população revelou idade média de 38,75 anos, com predomínio da faixa etária de 31-40 anos (28,3%) e de indivíduos do sexo masculino (61%). A ocorrência de doenças concomitantes foi superior (61%) em relação a sua não ocorrência (39%). Em 50% dos indivíduos foi relatado o uso de medicamentos concomitantes, e em 61% dos casos foi relatada a adoção de conduta frente ao evento. Os notificadores foram, majoritariamente, não profissionais de saúde (90%), provenientes do sudeste do país (82%). Quanto aos EA, estes foram, predominantemente, não graves (85%) e relacionados com fármacos que atuam no sistema nervoso central (78%). As categorias mais observadas foram reações adversas a medicamentos (RAM) (50%) e inefetividade terapêutica (IT) (43,5%). As RAM foram em sua maioria possíveis (65%) e descritas (83%). O algoritmo de González foi validado para análise de notificações de suspeita de IT, as quais apresentaram a idiossincrasia (95%)como causa principal. Os resultados encontrados permitem concluir que o presente estudo foi capaz de caracterizar os EA investigados, contribuindo para o conhecimento do perfil de segurança dos medicamentos e, consequentemente, para a promoção do seu uso seguro e racional. Evidenciou-se, ainda, a importância da famacovigilância, no âmbito de uma indústria farmacêutica, para a captação, identificação e estudo sistemático dos EA, possibilitando a redução de riscos, além de prevenir novas ocorrências. |