Violência contra mulher: expressões da opressão às mulheres sob a égide do capitalismo e do patriarcado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Martins, Annamaria da Silva Araújo
Orientador(a): Lima, Rita de Lourdes de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20613
Resumo: Esta dissertação é o resultado de um processo de pesquisa que buscou, a partir das falas das mulheres em situação de violência, analisar as dificuldades delas para acessar a “rede” de atendimento à mulher em situação de violência no município de Natal/RN. Para tanto, buscamos realizar uma análise crítica, através da perspectiva de totalidade, sobre a processualidade ontológica do “ser mulher” e do “ser homem”, articulando as determinações das dimensões subjetiva e objetiva na vida das mulheres, na atual conjuntura. Dessa forma, refletimos, também, sobre o sistema de opressão às mulheres através do capitalismo/patriarcado, articulado a outras determinações da realidade concreta, como: raça/etnia, a orientação sexual, a geração e a territorialidade. Em decorrência da opressão às mulheres em todas as dimensões da vida social, o movimento feminista levou ao âmbito público as reivindicações contra as opressões às mulheres e luta por Políticas Sociais Públicas que visem às particularidades das mulheres, entre estas, as políticas sociais de enfrentamento à violência contra a mulher. As falas das mulheres entrevistadas mostram o aspecto contraditório do trabalho na vida das mulheres. Por um lado, pode tornar-se meio para a independência financeira (com possibilidade de saída do meio violento). Por outro, pode tornar-se “motivo” de justificativa para o exercício da violência contra as mulheres, por parte de seus companheiros ou ex-companheiros. Mostram ainda que, apesar dos avanços legais, não há a implementação efetiva das políticas voltadas às mulheres. Isso se dá em decorrência do capitalismo/patriarcado e do contexto neoliberal de gerenciamento do grande capital. Sendo assim, o movimento feminista, assim como o movimento social da classe trabalhadora, deve buscar a emancipação das mulheres, através da luta pelo fim de todas as formas de opressão, exploração e dominação entre os seres humanos.