Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Siqueira, Thais Pereira |
Orientador(a): |
Tschiedel, Rosemarie Gärtner |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/212735
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Resumo: |
O Estado Brasileiro passou a implementar políticas públicas no enfrentamento à violência contra as mulheres desde a década de 80. No entanto, somente no ano de 2003 o Brasil passou a atuar fortalecendo as políticas já existentes e implementando novos serviços baseados nos princípios de capilaridade, transversalidade e intersetorialidade, demandando um trabalho em rede que abarca serviços especializados e serviços não-especializados. Nesse contexto, a presente dissertação teve como objetivo pesquisar como os serviços especializados de atendimento à violência contra a mulher de Porto Alegre/RS, compreendem e intervêm nas situações de violência doméstica e familiar com as quais se deparam no seu cotidiano de trabalho. A proposta metodológica utilizada é a da pesquisa-intervenção, oriunda da Análise Institucional. No processo de pesquisa foram realizadas aproximações com serviços da assistência, segurança, justiça e saúde, através da participação em três reuniões de rede. Foram realizadas oito entrevistas com profissionais atuantes nos serviços e uma roda de conversa com o objetivo de restituir os dados produzidos. Emerge nesse contexto, um emaranhado de linhas que apontam que as políticas públicas nesse campo, apesar dos esforços das profissionais que o compõem, estão fragilizadas e vinculadas às políticas de governo que nem sempre as consideram prioridade. Empreender nos serviços o acolhimento/atendimento a partir de uma perspectiva interseccional e fortalecer espaços coletivos para trabalhadoras e usuárias dos serviços são fundamentais. O trabalho em rede ainda se apresenta como um desafio e visibiliza-se a necessidade de repactuação das atribuições de cada serviço e dos fluxos de atendimento, a retomada do diálogo intersetorial e com a comunidade, a manutenção dos espaços coletivos como as reuniões de rede e a necessidade de produção de conhecimento a partir da experiência dos serviços. Em nível nacional, identifica-se a necessidade de cumprir a política com ações por parte dos governos, dos movimentos sociais e das Universidades. |