Ansiedade, estresse, depressão e apoio social em profissionais da higienização hospitalar durante o período do SARS-Cov-2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Gonçalves, Ana Élida Menezes Magalhães
Orientador(a): Maia, Eulalia Maria Chaves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45749
Resumo: Pelas características laborais, o profissional da higienização hospitalar é submetido à condição de vulnerabilidade devido as sobrecargas ocupacionais como físicas – desgastes osteomusculares, químicas – risco de problemas infeciosos e psicológicos – ansiedade, estresse, alterações de sono e desgaste emocional. Essa vulnerabilidade ficou ainda mais evidente para a equipe da higienização hospitalar neste período de pandemia da Covid-19 devido os altos índices de contaminação e risco de morte que o novo coronavírus impõe. O objetivo deste estudo é investigar os níveis de ansiedade, depressão e estresse entre profissionais de higienização hospitalar e sua relação com apoio social percebido, em função dos aspectos sociodemográficos e de saúde. Trata-se de um estudo transversal exploratório, descritivo, de abordagem quantitativa que utilizou coleta de dados online com 95 profissionais do setor de higienização de um hospital. Eles responderam um questionário sociodemográfico, a escala de depressão, ansiedade e estresse DASS-21 e a escala de apoio social MOS-SSS. Para as comparações do apoio social foi utilizado o Teste Exato de Fisher, para definição dos escores foi utilizado o modelo de regressão Linear múltipla e a normalidade foi testada pelo teste de Shapiro-Wilk. O nível de significância adotado foi 5%. Como resultados, 15,7% apresentaram sintomas de depressão, 13,68%% de ansiedade e 5,2% de estresse. A prevalência dos estados emocionais foi maior para mulheres e pessoas que já tinham recebido acompanhamento de um profissional de saúde mental antes ou durante a pandemia. Nossos achados também constataram que as pessoas que receberam maior apoio social apresentaram menor prevalência de desenvolvimento de sintomas de depressão, ansiedade e estresse, tanto para homens quanto para mulheres. No geral, os homens percebem maior apoio social que as mulheres, principalmente na interação social. O componente afetivo do apoio social demonstrou ter sido o elemento de maior impacto positivo nos estados emocionais principalmente para mulheres, sobretudo nos sintomas de depressão. Para os homens, o maior impacto negativo na ausência de apoio social foi evidenciado pela presença de sintomas de estresse.