Eventos de vida estressantes vivenciados pelas mães e depressão infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: LEITE, Larissa Madna Leal
Orientador(a): LUDERMIR, Ana Bernarda
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Saude Coletiva
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34336
Resumo: A depressão infantil que por muito tempo acreditava-se não existir, vem sendo considerada um problema de saúde pública. As causas são variadas, uma destas refere-se aos eventos que ocorrem no ambiente familiar e que podem causar estresse. Os eventos de vida estressantes (EVE) aos quais muitas mães são expostas podem proporcionar o surgimento de problemas na criança e, a curto ou longo prazo, limitá-las emocional, comportamental, cognitivo e socialmente. Este é um estudo transversal, realizado entre 2013 e 2014, com 630 pares mãe-criança com o objetivo de investigar a associação dos eventos de vida estressantes sofridos pelas mães nos últimos 12 meses e a depressão nos seus filhos em uma coorte de mulheres cadastradas na Estratégia de Saúde da Família do Distrito Sanitário II do Recife, que vem sendo conduzida desde 2005. A depressão na criança foi avaliada pelo Short Mood and Feelings Questionnaire. Os eventos de vida estressantes avaliados foram: problemas financeiros e conjugais, perda de contato, morte e doença na família, mudança de moradia; perda ou mudança de emprego, desemprego do marido e algum outro problema. A prevalência de mulheres que apresentaram alto escore de eventos de vida estressantes foi de 64,8% e dos casos suspeitos de depressão nas crianças foi de 15,7%. As crianças cujas mães relataram alto escore de eventos estressantes apresentaram maior chance de sofrer depressão infantil (ORajustado= 2,60; IC 95%: 1,34-5,06). É necessário que profissionais que lidam com crianças sejam alertados para a elevada frequência de depressão infantil, o que pode facilitar a identificação precoce e estimular a implementação de intervenções que minimizem o prejuízo para a saúde mental da criança para que elas possam ter um crescimento e desenvolvimento saudáveis e uma vida mais plena e criativa.