Avaliação de tratamentos conservadores da disfunção temporomandibular na dor, qualidade de vida, sintomas depressivos e ansiedade: ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Melo, Rafaela Albuquerque
Orientador(a): Almeida, Erika Oliveira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS ODONTOLÓGICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45712
Resumo: Introdução: a disfunção temporomandibular (DTM) é entendida como um conjunto de problemas clínicos que envolvem os músculos mastigatórios, a articulação temporomandibular (ATM) e estruturas associadas, possuindo diversas formas de tratamentos conservadores. Objetivo: avaliar a influência dos tratamentos conservadores craniopuntura, laserpuntura, placa oclusal, aconselhamento e fisioterapia na sintomatologia dolorosa, nos sintomas de ansiedade e de depressão e na qualidade de vida em pacientes com DTM. Material e métodos: diagnosticados por meio do Critério de Diagnóstico para DTM (DC/TMD), setenta e oito (78) pacientes com DTM foram distribuídos em cinco grupos de tratamentos: laserpuntura (LA) (n=13), craniopuntura (CR) (n=13), placa oclusal (PO) (n=17), aconselhamento (AC) (n=15) e fisioterapia (FT) (n=20). Assim, foram avaliados antes de iniciar a terapia, após um mês e três meses do tratamento por meio do DC/TMD e quanto à ansiedade, depressão, qualidade de vida e dor, pelos questionários Inventário da Ansiedade de Beck (BAI), Inventário da Depressão de Beck (BDI), Questionário de Qualidade de Vida da Organização Mundial de Saúde (WHOQOL), Impacto da Saúde Bucal na Qualidade de Vida (OHIP-14) e Escala Visual Analógica (EVA). Os dados obtidos foram analisados pelo SPSS (Statistical Package for the Social Science) 22.0 com o teste de Friedman entre tempos e pós-teste de Wilcoxon, bem como o teste de Kruskal Wallis entre grupos com o pós-teste de Mann Whitney. Resultados: observou-se diferença estatisticamente significativa entre os grupos na avaliação da sintomatologia dolorosa pela EVA com um mês (p=0,005) e três meses de tratamento (p=0,002), na avaliação dos sintomas de ansiedade pelo BAI com um mês após a terapia (p=0,000), no impacto da saúde bucal na qualidade de vida pelo OHIP-14 com três meses de tratamento (p=0,001) com resultados mais favoráveis aos grupos tratados com PO e com FT. Percebeu-se também melhora significativa ao longo do tempo na dor pela EVA para PO (p=0,003), AC (p=0,007), CR (p=0,043) e FT (p=0,000); nos sintomas de ansiedade pelo BAI para PO (p=0,000); nos sintomas depressivos pelo BDI para PO (p=0,014), AC (p=0,046) e FT (p=0,006); na qualidade de vida pelo WHOQOLgeral para PO (p=0,035) e FT (p=0,004) e no impacto da saúde bucal na qualidade de vida pelo OHIP-14 para PO (p=0,000), AC (p=0,031) e FT (p=0,001). Conclusão: de forma geral, a PO e a FT se sobressaíram em relação aos outros grupos na maioria dos parâmetros analisados, mas a maioria dos grupos apresentou alguma melhora ao longo do tempo em alguma variável estudada. Portanto, recomenda-se o uso das terapias conservadoras avaliadas no tratamento da DTM.