Efeito de terapias conservadoras na depressão e dor em pacientes com disfunção temporomandibular: ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Melo, Rafaela Albuquerque
Orientador(a): Barbosa, Gustavo Augusto Seabra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Dor
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24094
Resumo: Introdução: A Disfunção Temporomandibular (DTM) é uma condição de etiologia multifatorial que afeta o sistema estomatognático, possuindo dentre os fatores contribuintes ao seu desenvolvimento, aspectos biopsicossociais. Assim, a sua conduta terapêutica inicial deve ser multidisciplinar, com tratamentos conservadores e reversíveis. Objetivo: Avaliar o efeito da placa oclusal (PO), aconselhamento (AC) e placa com aconselhamento (PAC) sobre dor e sintomas de depressão em pacientes com DTM após 30 dias de terapia. Métodos: Sesssenta pacientes diagnosticados com DTM por meio do RDC/TMD (Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders) foram alocados em três grupos de tratamento (21 no PAC, 22 no PO e 17 no AC). Os participantes responderam aos questionários BDI (Inventário da depressão de Beck) e HADS (Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão) com relação à depressão e à Escala Visual Analógica (EVA) quanto à dor e foram novamente submetidos ao RDC/TMD após a terapia, com 30 (trinta) dias de tratamento. Os dados obtidos foram analisados por meio do programa SPSS (Statistical Package for the Social Science) 22.0 com o teste Split Plot ANOVA, com nível de confiança de 95%. Resultados: Houve uma redução significativa nos parâmetros depressivos pelo BDI (p=0,002) e HADS (p=0,008) e também da sintomatologia dolorosa (p=0,001) após 30 dias de tratamento em todos os grupos analisados. Todavia, não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos de tratamento nos parâmetros depressivos, seja pelo BDI (p=0,315) ou HADS (p=0,843) e na dor (p=0,267), mostrando que nenhum grupo terapêutico foi superior em relação aos demais na redução dos parâmetros analisados. Conclusão: Dentro das limitações do estudo, pode-se concluir que, em curto prazo, os tratamentos de placa oclusal e aconselhamento, individualmente ou em associação, foram efetivos na redução da sintomatologia dolorosa e dos aspectos depressivos. Todavia, nenhum grupo terapêutico foi superior ao outro na redução dos parâmetros observados.