Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Tavares, Larissa Bastos |
Orientador(a): |
Cavalcanti, Fabricia Azevedo da Costa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28105
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Resumo: |
(Introdução) Atividades de dupla tarefa (DT) combinam tarefas com características cognitivas e motoras, estando muito presentes no cotidiano e predispõem os idosos à quedas. Nesse sentido, investigar o desempenho motor e conhecer o padrão de ativação cerebral dos idosos durante atividades de dupla tarefa é essencial para que sejam tomadas medidas preventivas quanto aos efeitos deletérios do envelhecimento e, principalmente, o risco de quedas e suas consequências. (Objetivos) Nessa perspectiva, o estudo se propôs a compreender o padrão de ativação cerebral de idosos durante o desempenho de uma atividade de dupla tarefa, conhecer o comportamento e o padrão de ativação cortical das ondas alfa e beta durante a realização de duas atividades de dupla tarefa com complexidades diferentes e comparar a influência de um programa de exercícios de realidade virtual não-imersiva com um programa de exercício convencional sobre o desempenho de duas atividades de dupla tarefa (menor e maior complexidade) e sobre o padrão de ativação cortical das ondas alfa e beta. (Métodos) Com a finalidade de responder o primeiro objetivo, realizou-se um estudo observacional e transversal com 30 idosos com idade entre 65-75 anos realizaram uma atividade de DT, através do Teste de Deambulação Funcional (TDF), tendo a atividade eletroencefalográfica monitorada pelo Emotiv EPOC, a fim de observar a ativação cortical no desempenho do DT. Para responder o segundo objetivo, foi realizado um estudo observacional e transversal com 30 idosos com idade entre 65-75 anos que tiveram seu padrão de ativação cortical medido pelo eletroencefalograma Emotiv EPOC®. durante a execução do TDF, que configura uma atividade de dupla tarefa e consiste em andar seguindo uma sequência de números (tarefa simples) e uma sequência de letras e números alternados (tarefa complexa). Já para o terceiro objetivo, realizou-se um estudo comparativo com 13 sujeitos de ambos os sexos, submetidos à avaliação do mapeamento cerebral por meio do EPOC, durante a realização do Teste de Ambulatório Funcional. Após a avaliação, os sujeitos foram randomizados para os grupos experimental (exercícios de realidade virtual) e controle (exercícios convencionais), e completaram um programa de exercícios por 12 semanas e frequência de duas vezes por semana. Após a conclusão do protocolo, os sujeitos foram reavaliados seguindo os mesmos critérios préintervenção. (Resultados) A análise do mapeamento cerebral da tarefa de menor complexidade demonstrou maior ativação para as ondas alfa e beta no córtex pré-motor e a área motora suplementar E, além do córtex temporal D. A tarefa complexa ativou predominantemente o hemisfério cerebral direito. Os resultados obtidos para o desempenho nas atividades de dupla tarefa mostraram que, para a tarefa simples, o grupo controle apresentou uma redução significativa no tempo de atuação; quanto à tarefa complexa, o grupo experimental reduziu significativamente o número de erros. Em relação ao mapeamento cerebral, a onda alfa aumentou significativamente na área FC6 (córtex motor primário), e a onda beta diminuiu significativamente na área pré-frontal direita (AF4) e no córtex somatossensorial esquerdo e de associação (P7), apenas para o grupo controle, durante o desempenho da tarefa menos complexa. (Conclusão) A partir dos resultados encontrados, conclui-se que a tarefa de maior complexidade exigiu mais tempo de execução e mais erros, além de ativar predominantemente o hemisfério direito. As tarefas ativaram áreas cerebrais correspondentes à função executiva, motora e de associação e o programa de exercícios de realidade virtual não modificou significativamente o padrão de atividade cerebral para alfa e beta; quanto aos exercícios convencionais, houve aumento de alfa e redução do beta, sugerindo aprendizado cognitivo-motor na tarefa menos complexa. Quanto ao desempenho da atividade de dupla tarefa, os exercícios de realidade virtual reduziu o número de erros da atividade mais complexa, enquanto os exercícios convencionais reduziu o tempo de desempenho da atividade de tarefa dupla menos complexa. |