Efeitos da realidade virtual no equilíbrio postural e ativação cortical de idosos saudáveis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Soares, Monalise Dantas
Orientador(a): Cavalcanti, Fabricia Azevedo da Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
EEG
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/30308
Resumo: Introdução: As alterações fisiológicas do envelhecimento podem interferir na manutenção do Controle Postural tornando-se responsáveis por desequilíbrio, dificuldade de locomoção e, consequentemente, a possibilidade de quedas, o que reforça a necessidade de oferecer tratamentos comprovadamente eficazes em diferentes aspectos. Nesse sentido, a Realidade Virtual (RV) aplicada à Fisioterapia tem se destacado por fornecer benefícios físicos, ser motivadora e estimulante, além de produz maiores efeitos na neuroplasticidade e transferência de aprendizagem, repercutindo positivamente sobre o controle postural. Apesar disso, são poucos os estudos de imagem cerebral e EEG que buscaram investigar essa relação. Nesse sentido, considerando a ampla utilização da RV em reabilitação e o número limitado de estudos que investigaram a repercussão desse tipo de treinamento no Córtex Cerebral, esse estudo questiona se seria a RV capaz de melhorar o equilíbrio postural e modificar o padrão de ativação cortical de indivíduos idosos. Objetivo: Analisar os efeitos de um treinamento com RV sobre o equilíbrio postural e a ativação cortical de idosos. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo de caso no qual participaram 03 idosas, que foram submetidas à avaliação do equilíbrio por meio do Short Physical Performance Battery (SPPB), independência funcional, mensurada por meio da Medida de Independência Funcional (MIF) e da ativação cortical por meio do Emotiv Epoc®. Posteriormente, estas foram submetidas a 10 sessões de treinamento de utilizando RV com Nintendo wii®, as quais tiveram duração aproximada de 50 minutos cada, com frequência de duas vezes por semana. Ao término de toda a intervenção, as participantes foram reavaliadas com os mesmos instrumentos iniciais. Resultados e discussão: 03 idosas com média de 67,33 anos, escolaridade em torno de 9 anos e bom estado cognitivo participaram do estudo. Verificou-se, após a intervenção, melhoria no desempenho no SPPB, caracterizando-as com desempenho entre moderado e bom. No que se refere à ativação cortical, constatou-se que antes da intervenção houve maior ativação do hemisfério direito, principalmente das áreas frontal e temporal, nas frequências de 22, 10 e 40 Hz. Após a intervenção, além da ativação dessas áreas, regiões parietais posteriores passaram a estar mais ativas e aquelas predominantemente ativadas na avaliação inicial tiveram uma redução de sua ativação. Isso implicou em uma ativação cortical menos intensa e mais distribuída no Córtex Cerebral. Conclusão: O treinamento com RV incrementou positivamente o equilíbrio postural das idosas participantes e modificou seus padrões de ativação cortical, o que parece ter induzido modificações corticais favoráveis à aprendizagem motora, mediante a prática orientada e direcionada a objetivos específicos.