Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Lucena, Nedja Lima de |
Orientador(a): |
Cunha, Maria Angelica Furtado da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21781
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Resumo: |
Esta tese examina um tipo de construção pertencente à subclasse das construções de estrutura argumental: a construção transitiva. O trabalho assume que a construção transitiva - pareamento entre forma e significado - é uma construção do português, de maneira que há aspectos sintáticos-semânticos dessa construção que não podem ser atribuídos a outra. Desse modo, são examinadas as instanciações da construção transitiva, compostas por orações simples formadas sintaticamente por Sujeito - Verbo - Objeto, oriundas das modalidades de fala e de escrita, e coletadas de corpora diversos. A pesquisa é orientada pelo quadro teórico da Linguística Funcional Centrada no Uso, que abriga a concepção de que as línguas são moldadas pela complexa interação de princípios cognitivos e funcionais que desempenham um papel basilar na manifestação dos fenômenos linguísticos. Sendo assim, a tese ancora-se fundamentalmente no modelo da gramática de construção e no modelo dos protótipos para explicar a configuração da construção transitiva. À luz desse quadro, este trabalho parte do princípio de que a manifestação discursiva das diferentes instanciações da construção está diretamente ligada à conceptualização da experiência humana, isto é, ao modo como os seres humanos apreendem o mundo e falam sobre ele. Parte-se da hipótese de que distintos tipos semânticos de verbos e seus papéis participantes interagem com a construção transitiva, de maneira que essa interação pode motivar a emergência de novos sentidos atribuídos às instanciações. Por sua vez, essas instanciações estão ligadas entre si por meio de elos de polissemia, o que pode justificar uma organização hierárquica da construção transitiva em subesquemas e microconstruções. Além disso, processos cognitivos de domínio geral são subjacentes à manifestação discursiva da construção em tela e, por isso, são examinados na pesquisa. O trabalho conclui que a construção transitiva é altamente esquemática e produtiva, tanto em termos de types quanto de tokens, o que justifica o alto número de verbos licenciados por essa construção, bem como atesta que a aproximação e/ou afastamento entre as instanciações são motivados preponderantemente por propriedades semânticas. A proposta de investigar como a construção transitiva se manifesta no uso interativo da língua tem por finalidade contribuir para a descrição das construções do português. |