A variação linguística em sala de aula: mote para uma superação do preconceito linguístico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lima, Francisca Erik Larisse Nogueira
Orientador(a): Medeiros, Mário Lourenço de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - PROFLETRAS CURRAIS NOVOS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27699
Resumo: Um dos principais objetivos do ensino de língua materna é ampliar as competências linguísticas e comunicativas dos discentes capacitando-os para o uso da língua em diferentes contextos. Partindo de um viés etnográfico, essa pesquisa toma como aporte contribuições da sociolinguística e tem por objeto de estudo a variação linguística e o preconceito linguístico em sala de aula. Tem por objetivo geral, por meio de um processo didático interventivo, propiciar aos alunos uma compreensão da existência de variedades linguísticas da língua considerada padrão. A partir desse objetivo propusemos uma intervenção numa sala de aula de 9º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública estadual, localizada em Fortaleza-CE, cujo intuito foi esclarecer aos alunos que a língua portuguesa não se resume apenas a uma modalidade e, menos ainda, às regras da gramática prescritiva. O preconceito linguístico, a variação linguística e a noção de “erro” presentes em Bagno (1999, 2007 e 2013) e em Bortoni-Ricardo (2005) se constituem como contribuições teóricas dos estudos sociolinguísticos que ancoram nossa pesquisa. Buscamos responder à seguinte questão: como superar o preconceito linguístico em sala de aula? Entendemos que tal superação contribui para uma melhor convivência com esse fenômeno linguístico nas relações em sociedade. Para tanto propusemos atividades que abordaram o conceito de língua, a história da língua portuguesa, bem como a existência de variedades linguísticas. A metodologia seguiu os pressupostos da pesquisa-ação de Vasconcelos (2006), de cunho qualitativo utilizando-se da estratégia pedagógica da sequência didática, nos termos propostos por Dolz, Noverraz & Schneuwly (2004). Como resultado da pesquisa pudemos observar que a maioria dos alunos, nela envolvidos, ao final das etapas propostas pela sequência didática, passaram a melhor compreender os diferentes tipos e causas de variações linguísticas se constituindo tal entendimento como um fator necessário não apenas à compreensão, como também à superação do preconceito linguístico percebendo que diferentes contextos de uso permitem e até estimulam a materialização de diferentes variantes linguísticas.