O preconceito linguístico no ciberespaço : a discriminação, os agentes e as especificidades
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Espírito Santo
BR Mestrado em Estudos Linguísticos UFES Programa de Pós-Graduação em Linguística |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufes.br/handle/10/3785 |
Resumo: | Imergir no ciberespaço é defrontar-se com a síntese do humano. A complexidade das relações que se estabelecem no espaço virtual abriga problemáticas que dificilmente podem ser identificadas sem um olhar minucioso. Objetivando investigar o preconceito linguístico e trabalhá-lo amplamente, foi esse o espaço que escolhemos para ser locus de busca de ocorrências do referido fenômeno. Este trabalho se inscreve na Sociolinguística e trata-se da análise dos perfis dos agentes da discriminação linguística no espaço virtual – divididos entre três redes sociais, Twitter, Orkut e Facebook – e das manifestações discriminatórias por eles produzidas. Aferindo a complexidade e a multiplicidade de processos que constituem o preconceito linguístico e seus sujeitos, percebemos a dimensão que assume a postura discriminatória quando suas manifestações são reproduzidas no ciberespaço. Adentrando um território ainda inexplorado, haja vista que não há nenhuma pesquisa precedente semelhante a esta, descobrimos um preconceito plural que surge e ganha anuência em um espaço que, pensado para a democracia, revela-se reduto também de processos segregacionistas, que vitimam sujeitos que, devido ao uso considerado errado que fazem da língua portuguesa, são subjugados e repudiados, formando uma nova massa de indivíduos, que denominamos, neste trabalho, de excluídos sociodigitais. Amparados em teorias da comunicação como as de McLuhan (1969) e Lévy (1996-1999) e em trabalhos linguísticos e sociolinguísticos como os de Gnerre (1991), Bortoni-Ricardo (2004), Pagotto (2004), Scherre (2005) e Mollica (2007), caracterizamos o ciberespaço e explanamos o preconceito linguístico nele encontrado, ressaltando as implicaturas do locus na produção da mensagem que nosso elenco de agentes do preconceito linguístico produz e veicula. Os resultados logrados indicam, dentre outros, que os agentes do preconceito linguístico são majoritariamente sujeitos do sexo feminino, concentrados nos níveis mais altos de escolaridade e pertencentes às faixas etárias que compreendem os indivíduos jovens e adultos jovens. |