Caminhos da memória no romance A Fortaleza dos Vencidos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Alves, Rosemary da Silva
Orientador(a): Santos, Derivaldo dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23997
Resumo: A presente pesquisa analisa o romance A Fortaleza dos Vencidos (2009), de Nei Leandro de Castro, investigando a construção da memória na narrativa como recorrência da literatura de testemunho, visto que o romance traz à sua expressão o contexto social e político do período da Ditadura Militar. Trata-se de observar, especificamente, a memória inscrita na obra e como a voz que constrói essa memória traz uma representação literária da história vivida no referido contexto, que, ante o processo de esquecimento imposto, surge para reavivar a memória do leitor e revisitar de forma crítica a história social do país. Na narrativa de Nei Leandro de Castro, as personagens encontram-se representadas por pessoas comuns que sofreram as torturas do Período de Chumbo, e, a partir das ações encadeadas, falam das lembranças dos momentos vividos; é sobre esse aspecto que este trabalho se detém. É necessário ressaltar ainda que o presente trabalho compreende, de forma primordial, o contexto social e histórico no qual a obra está inserida, promovendo diálogos entre ambos, a fim de perceber o modo como se estabelece, na ficção do autor estudado, a articulação entre o romance e a história, a literatura e a vida social. Para discutir e estabelecer relações do texto literário com a realidade histórica buscou-se apoio no estudo de Daniel Aarão Reis, presente no livro Ditadura e Democracia no Brasil (2014), como também em Sérgio Luiz Bezerra Trindade e suas pesquisas sobre a história do Rio Grande do Norte. No que concerne à discussão acerca da memória manifesta nesta análise, contamos com a contribuição de Ecléa Bosi (2009), Márcio Seligmann-Silva (2003) e Brandão (2008), além do aporte teórico de Philippe Lejeune (2008) e Jacques Le Goff (1990). A pesquisa constatou que o romance estudado, articulando-se à história social do país, no que se refere mais especificamente ao contexto da Ditadura Militar, retrata traços autobiográficos de Nei Leandro de Castro, como também o lado memorialístico da obra através da ressignificação das memórias do autor relacionadas ao período.