Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Santos, Kadidja Suelen de Lucena |
Orientador(a): |
Dutra, Elza Maria do Socorro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26532
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Resumo: |
O momento de pós-abrigamento, na cidade de Natal, se inicia quando as mulheres saem da Casa-Abrigo Clara Camarão. Este local é responsável por acolher, por tempo limitado, e de maneira sigilosa, mulheres em situação de violência e com risco iminente de morte. Atualmente, a maior parte dos agressores são pessoas próximas a elas e que praticam a violência dentro das suas próprias casas. O pós-abrigamente se refere ao retorno das mulheres aos seus contextos de origem. Partindo deste recorte, este trabalho buscou compreender, a partir da fenomenologia-existencial heiddegeriana, a experiência de mulheres que sofreram violência doméstica e estão em situação de pós-abrigamento na cidade de Natal-RN. Foram realizadas duas entrevistas-narrativas com mulheres no período de pós-abrigamento, as quais foram transcritas e interpretadas a partir da fenomenologia heideggeriana. Heidegger entende homem e mundo como cooriginários, para ele estamos sempre em relação com os outros, pois somos ontologicamente ser-com, portanto ao olharmos para a construção do ideal de mulher das participantes desta pesquisa nos aproximamos de um contexto que exige dela uma adequação a um modelo idealizado de comportamento de esposa e mãe sempre submissa, inclusive em uma relação violenta. Esse controle do outro sob a vida das mulheres aparece dentro dos relacionamentos abusivos, mas também, dentro da assistência recebida pela mulher no período de abrigamento e continua no pós-abrigamento. A assistência recebida por essas mulheres está em consonância com o que Heidegger chama de Era da Técnica, na qual o homem se relaciona com o seu meio e os outros como reserva de recursos a ser explorado. Ao se depararem com uma assistência que ainda apresenta falhas ao tentar lhes garantir segurança e com a pressão do seu meio para que correspondam ao ideal de mulher, as participantes desta pesquisa relataram continuar se sentindo desalojados no período de pós-abrigamento. |